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UM POMPOM PARA CHAMAR DE NOSSO

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por Tainá Almeida

      Este penteado está fazendo a cabeça crespa por esse mundão. Em uma rápida passada pelo YouTube, vemos que várias blogueiras estão fazendo o "penteado das gringas" ou o "Space Buns".
    Aqui na minha casa esse penteado já é um clássico que minha mãe fazia desde quando eu era pequena. Penteado super prático (eu acho) e que era chamado de "Maria Chiquinha". Eu sempre chamo de Pompom mesmo [risos].
       Não é que tem uma foto mais linda que outra? Hoje listamos aqui nosso top cinco de graciosas com pompom encontradas pela rede. Digam se não é para morrer de amores e sair tentando este penteado? 

5 - Ana Lídia 
Um dos pompons mais cheios que já vi!!!  Uma lindeza! 

@analidialopess
4 - Loana Novae
Sério, nunca consigo falar dela. Falta o adjetivo pra dizer que ela está linda. Cadê o dicionário?

@afrog4l

3 - Tássia Reis
Lindeusa com esses pomponzinhos que dão destaque a essas pontinhas descoloridas.

@tassiareis_

2 - Eva Lima 
Mais uma musa crespa com pontinhas descoloridas. E essa maravilha de pompom?

@byevalima

1 - Loo Nascimento 
Esse cabelo só tem pontos positivos e ela ainda descolore e raspa dos ladinhos. O insta dela é de babar!!!! E foi no snap dela que aprendi a dizer pompom.

@loo_ana

       Nós também já fizemos pompom (mas eu não achei justo colocar na lista rs)Olhem aqui, eu e Suzane testando esse pompom.

@tai.ina
@suzanesantos.s

MANTENHA A HIDRATAÇÃO MESMO USANDO PRODUTOS COM SULFATO

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por Élida Aquino

Foto: @sylviagphoto
      Já está comprovado que cada cabelo existe do seu próprio jeito. Apesar de sabermos das desvantagens dos "proibidos", como os que contém sulfato ou parabeno, por exemplo, não podemos ignorar que para muitas crespas ou cacheadas é possível levar uma rotina capilar saudável incluindo esses produtos. 
     Importante dizer: em termos técnicos* o Lauril éter sulfato de sódio é um ingrediente de limpeza adicionado aos shampoos e condicionadores, desengordurante eficaz e o responsável pelas bolhas de sabão que vemos. É exatamente por eliminar com tanta intensidade a oleosidade que se torna prejudicial aos fios crespos e cacheados, já carentes de hidratação natural. Apesar desse currículo, sentir-se confortável com algum produto que contenha sulfato não deve ser motivo de pânico. Abaixo vão algumas dicas básicas e úteis para preservar sua hidratação.

1 – Invista no pré-poo
Velho conhecido de Meninas Black Power! Se vocês estão partindo pro ritual de lavar o cabelo, adicionem mais uns minutinhos e façam algum tratamento antes da aplicação do shampoo. São boas opções aplicar óleos vegetais, manteigas ou fazer misturinhas a partir da noite anterior ou até 30 minutos antes de lavar. Além de começar a promover a hidratação, esse tipo de tratamento reforça a proteção dos fios e dificulta algum ressecamento que possa ser trazido pelo uso do shampoo.

2 – Usem óleos
Apliquem bons óleos depois do shampoo. Turbinar o brilho, selar a hidratação e facilitar na hora de pentear são efeitos desse cuidado. Escolham algum óleo que o cabelo goste, aplique, enxágue rapidamente e continue para o seu tratamento ou condicionador.

Foto: @sylviagphoto
3 – Hidratação power!
Tentem fazer tratamentos de hidratação intensa nos dias em que lavar com shampoo, ainda com as cutículas abertas e prontas para receber todos os benefícios. Usem máscaras puras ou misturinhas, permita a ação por um tempo razoável sobre os fios. Usar touca térmica e outros aparelhos semelhantes ajuda a potencializar esses efeitos.

4 – Método LOC
A forma de finalizar também é importante e o LOC pode ajudar na missão de reter a hidratação que os tratamentos trouxeram. Pra quem não conhece, o método LOC consiste em aplicar Líquido, Óleo e Creme, exatamente nessa sequência, formando camadas. 


       Não esqueçam que essas dicas são baseadas em uma observação geral de como crespos e cacheados se comportam, ok? Sem generalizar. Testem com carinho, respeitando o que o cabelo sinaliza. Não esqueçam de contar aqui se vocês usam produtos com sulfato e as experiências! Será um prazer saber sobre o que rola nas cabeleiras por aí. Beijos! 
Fontes: Black Hair Information | Wikipedia

#FALANDODETRANSIÇÃO: DA QUÍMICA AO NATURAL EM 7 PASSOS

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por Élida Aquino

Foto: Nate White
      Usei relaxante a maior parte do tempo em que apliquei químicas. Dos três aos dezoito anos, basicamente. Eu sei, é um passo enorme entrar em transição se seu cabelo é religiosamente quimicado a cada dois ou três meses. Você vê um pouco de raiz crescida e pensa automaticamente que "é hora de fazer o cabelo"; nota a raiz bem maior, congela diante do volume natural, acha que não tem jeito pra "esse cabelo" e a primeira vontade que vem é a de relaxar ou alisar ou qualquer coisa que mude o quadro; resiste, se vira, mas quando dá de cara com a diferença gritante entre as texturas e o medo de perder seu amado comprimento, correr pra química mais próxima parece a primeira opção. Te entendo. Foi assim comigo. Até desisti da transição e comecei com "sustinhos", só para "abrir os cachos". Depois de entender meus motivos para romper com tudo isso e perceber que minha textura natural era idêntica à textura com química, consegui completar o ciclo. Mesmo não sendo simples e pedindo uma nova forma de pensar você como um todo, deixar procedimentos químicos não é uma missão impossível e existem opções que tornam a caminhada mais leve. Esse post é uma mistura das minhas experiências pessoais e coisas que li. Bom ressaltar: não é um ataque a quem usa química, ok? A ideia é auxiliar quem opta pelo natural.
      Bem, existem duas opções básicas para ir da química ao natural: a transição, fazendo cortes eventuais (ou não) enquanto o cabelo natural cresce; o Big Chop, quando toda a química é retirada de vez com o corte, independente do comprimento do cabelo natural. Qual a melhor? Você decide! Não há um jeito certo e o que importa é como você se sente mais confortável, também como seu cabelo estará durante e ao fim do processo. É importante saber que a transição apresenta desafios além dos que citei acima: você pode lidar com pontas duplas, diferença de texturas, talvez quebra entre a parte com química e a natural, etc. Não desista. 

Mais sobre transição:
Você já entendeu que é uma maneira de evitar aquele corte radical e que o processo é eliminam a química enquanto seu cabelo natural cresce, apenas aparando a parte que tem química, certo? Leva um tempo e pede paciência, mas para muitas vale a pena esperar ao invés de sofrer com o corte. Aparar não é obrigatório, mas ajuda a manter a quebra sobre controle e dá ao cabelo uma aparência mais saudável.

Prós da transição:
1. Você tem tempo para aprender bastante sobre as características particulares do seu cabelo.
2. Se você não curte o cabelo curto, pode evitar o desconforto enquanto espera o crescimento do seu cabelo.
3. Durante a transição você pode aperfeiçoar suas habilidades no cuidado com seu cabelo, praticar vários penteados e etc.

Contras da transição:
1. Seu cabelo muito provavelmente vai apresentar texturas diferentes e em alguns momentos esse fator pode ser bastante incômodo. A dica é texturizar com técnicas como twists, dedoliss, bantu knots, flexi rods e por aí vai.
2. Como já disse, o processo de transição leva mais tempo do que partir logo pro BC. 


Foto: Nate White
Agora vamos aos 7 passos práticos que vão te ajudar nesse período?
PASSO 1 - Mantenha seu cabelo hidratado
A maior luta na transição é impedir/controlar a quebra causada pelo ressecamento, danos que o uso de química trouxe... Faça o que puder para manter o cabelo hidratado, estabeleça uma rotina de cuidados saudável e regular (não vire alok do cabelo, viciada em tratamentos, por favor!). 
Olha a dica:
1. Usar óleos vegetais puros como óleo de coco ou azeite extra à noite, antes de dormir. Aplique por mechas, enluve, faça twist ou coquinho ao final (é só uma sugestão, mas vale a pena fazer pra manter a organização dos fios e até reter o produto aplicado). Isso ajuda na reposição de nutrientes que fortalecerão a linha que divide a parte natural e a com química no fio.
2. Antes de aplicar o shampoo, aplique um pouco de condicionador antes, faça umectação usando óleos vegetais (os mesmos procedimentos da dica anterior) ou prepare uma misturinha (pré-poo, como nessa sugestão aqui). Ajuda a proteger os fios das agressões que shampoos promovem. Enquanto limpam, levam a oleosidade boa junto com a sujeira.
3. Escolha bem seu shampoo e prefira os que são sem sulfato, mais hidratantes e etc. Indico o Ox Plants Hidratante (com sulfato, mas achei super suave e uso frequentemente) e Makeda Shampoo Nutritivo*. 

PASSO 2 – Faça tratamentos profundos
Use máscaras e misturinhas mais elaboradas. É legal pensar até em um cronograma simples para organizar seus cuidados de nutrição, hidratação e etc. (só não vire a aficionada por tratamentos!). Tente fazer um tratamento profundo uma vez a cada 7 dias em sua casa ou, se puder, procure um profissional que entenda sua necessidade e faça tratamentos eficazes.
Olha a dica:
1. Use maionese. Sim! Pode parecer estranho, mas ela é excelente na tarefa de promover hidratação (e vale como pré-poo também!). Vocês vão vê-la entre as indicadas entre os tratamentos com proteína. Aplique pura, misturada com uma boa máscara ou óleo vegetal, por exemplo. Deixe agir por cerca de 30 minutos, enxague, condicione. Um bom tutorial aqui.

PASSO 3 – Evite aplicações de calor
É tentador usar chapinha, escova e por aí vai. Muitas fazem e estão indo bem, mas uma ideia coerente é não aplicar tanto calor nos fios. Essas ferramentas são bem agressivas e podem acelerar a quebra na linha de divisão, onde o fio está mais frágil. Durante a transição evite o uso, e, se necessário, tente usar só uma vez por semana, no máximo. Se você precisa muito e não tem jeito de não usar, reforce ainda mais os tratamentos e vá com cuidado e carinho, tanto na sua linha de divisão quanto sobre sua parte natural que está em crescimento.

PASSO 4 – Modere a lavagem
Isso complementa o cuidado com a hidratação. Lavar o cabelo com muita frequência impede que ele aproveite a oleosidade natural e benéfica. Limite a quantidade de lavagens. Tente lavar uma vez por semana, por exemplo. Assim há tempo suficiente para a oleosidade natural revestir os fios.
Olha a dica:
1. Se liga no co-wash! Essa técnica pode substituir a lavagem total ou parcialmente (aí você entra no mundo do low ou no poo). A ideia é usar o condicionador com composição liberada, que possui agentes de limpeza, no lugar do shampoo. Saiba mais aqui

PASSO 5 – Alimentação balanceada ajuda
A manutenção de vitaminas e minerais é importante para a saúde em geral e faz diferença na saúde dos fios. Verifique se seus níveis de vitamina D e vitamina A estão em dia, consulte uma/um especialista e pratique um estilo de vida. Procure saber sobre o uso de suplementos vitamínicos também. Eles podem fortalecer e até acelerar o crescimento. 

PASSO 6 – Evite produtos químicos
Embora possa parecer um conselho óbvio, tente ficar longe de permanentes, relaxantes e afins no período de transição. Além disso, evite tinturas e descolorantes, já que também causam danos significativos. Busque sempre alternativas o mais naturais possíveis.

PASSO 7 – Inspire-se, liberte-se e divirta-se
Observar casos que deram certo, Meninas que conseguem criar com o próprio cabelo e trocar ideias sobre o assunto, ajuda bastante e te deixa mais segura. Aproveite o momento, toque seu cabelo, teste produtos e penteados, novos acessórios, pergunte bastante. A maioria de nós cresce sem saber como o cabelo se comporta e como ele pode ser maravilhoso (contrariando o que sempre disseram sobre ele). Esse é o seu momento! Se descubra. Com certeza saber seu cabelo abrirá portas muito maiores nesse universo de possibilidades que você é.

PASSO BÔNUS – Não ligue pra quem não pode ajudar
Opiniões negativas disfarçadas de "sugestões" ou conselhos amigáveis vão surgir. Muita gente vai querer saber se você está em depressão, o motivo de "não se cuidar mais" ou suas razões para assumir "esse cabelo". Vão dizer que o liso combina mais com seu rosto ou que preferem te ver desse ou daquele jeito. Lembra do passo anterior? LIBERTE-SE. Inclusive da necessidade da aprovação de outras pessoas. Esteja e caminhe segura. Você decide o que fazer com seu corpo e ninguém pode ter maior poder sobre você mesma. 

É isso aí, Menina! Espero que essas ideias te ajudem. Se quiser compartilhar dúvidas, experiências e dicas também, fique à vontade. Beijos!
* Não é publieditorial.
** Fonte: BlackHairOMG

FORA DO PADRÃO - IDENTIFIQUE (E AME) SEU TIPO DE FIO

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por Élida Aquino

Foto: gvldslxgs | Modelo: abellejesuis

      A tabela que agrupa tipos de fio é certamente uma das primeiras informações recebidas quando a pesquisa sobre cabelos crespos ou cacheados naturais começa. Conhecem? Bem, algum tempo ajudando na circulação de informações sobre cabelos naturais me fez notar a busca crescente por padrões específicos (e muitas cabeças frustradas por não descobrirem o cabelo dos sonhos por baixo da química restante). Já escrevi sobre isso aqui, aliás. Digam: tentar conhecer o próprio cabelo não carrega em si a proposta contrária? Nessa "jornada" não buscamos entender o cabelo que temos, quem somos com ele, se ele nos satisfaz independente da opinião das pessoas e etc.?
       Recentemente um texto publicado em Naturally Curly me fez repensar essa questão. "Qual o meu tipo de fio?" com certeza é uma das perguntas que mais leio. Antes de tudo é bom contar que há muitas coisas para saber além de determinar se os fios são 3c ou 4b! A busca desesperada por se encaixar numa categoria acaba criando a ideia de um tipo desejável e outro não, o bonito e o feio. É assim que voltamos ao velho cabelo bom vs. cabelo ruim. Conhecer os próprios fios, considerando que cada cabelo é único, é o mais importante e a será só um apoio. Quando entendemos bem a estrutura do cabelo que temos, podemos observar blogueiras ou vloggers que tenham cabelos semelhantes, escolher produtos de maneira cada vez mais acertada, identificar as fragilidades e, principalmente, aprender os potenciais que o tornam maravilhoso do jeito que é.
      A Charlene, autora do artigo que mencionei acima, destacou 4 coisas para procurar saber sobre o cabelo natural, além de buscar por um padrão específico de cacho. Vejam:

1. A espessura do fio:
Texturas refletem diretamente as diferentes espessuras dos fios e as espessuras podem ser vistas de 3 formas: finas, médias ou grossas. Fios com espessuras finas são delicados e, por causa disso, mais propensos à quebra. Acontece principalmente diante de manipulação frequente e exagerada. Os mais espessos são muitas vezes mais fortes e podem aguentar a manipulação sem tantos danos. Compreender a espessura dos fios ajuda na reavaliação dos cuidados e hábitos do cotidiano ou na escolha dos produtos testados, por exemplo.

2. A densidade
Isso significa a quantidade total de fios que possuímos. A quantidade de fios pode variar entre quem tem texturas muito semelhantes e os resultados de um mesmo tratamento ou penteado, por exemplo, podem se mostrar diferentes em cada cabelo. Dica: quem apresenta baixa densidade pode contar com o auxílio do pente garfo ou pente de dentes bem largos para desfazer os cachinhos perto da raiz e ganhar mais volume. Também é bom optar por produtos leves, como leite desembaraçante, gel ou leave in aquoso. Eles não pesam nos fios e não anulam o volume que os fios já possuem.

3. A porosidade
É a capacidade que os fios têm de absorver a hidratação. Acreditem, é uma das características que mais pede observação, sabendo que principalmente os crespos são propensos ao ressecamento. Existem três níveis de porosidade: baixo, normal e alto. Em cabelos com baixa porosidade a hidratação penetra com maior dificuldade, mas quando hidratados corretamente perdem a hidratação mais lentamente. Nos com alta porosidade acontece o inverso: eles absorvem fácil a hidratação – aquela sensação de que o cabelo "sugou" a máscara ou a misturinha do tratamento – mas perdem com a mesma rapidez. Depois de entender qual o estado de porosidade dos fios, a forma de pensar os cuidados muda ainda mais. Selar a hidratação corretamente torna o nível de porosidade cada vez menor e o cabelo ficará mais hidratado ao longo do tempo. Também é um fator que influencia na retenção do crescimento, quebras e danos graves e etc.

4. A elasticidade
Mede a capacidade de extensão dos fios.  Se o cabelo não retorna à mesma conformação inicial depois de puxar, provavelmente tem baixa elasticidade e ela influencia na quebra dos fios. Pesquisas dizem que não existe elasticidade se há o fornecimento entre a hidratação e proteína está desequilibrado. Se a elasticidade está baixa é preciso optar por produtos e tratamentos que possuam proteína na composição e, para evitar sobrecarga, balancear com produtos hidratantes.

Como são os fios de vocês e como vocês estão suprindo as necessidades deles, Meninas? Compartilhem aqui!

"TENTA PRA VER!" - GABRIELO GABRIELO E O BC

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por Grupo de Trabalho Moda e Beleza

Foto: Gabrielo Gabrielo
      Hoje a gente conta com a presença especial desse muso que arrasa e faz a gente se divertir demais (assista aos vídeos aqui)! Ele acabou de fazer o corte e deixou esse depoimento tão maravilhoso quanto ele pra dividir um pouco a sensação desafiadora e ao mesmo tempo encorajadora de entrar em contato com o próprio cabelo. Você está num momento de transição, cogitando o BC ou pensando em como é o seu cabelo de fato? Então vem aqui ler o que ele tem pra contar e, como de costume por aqui, inspire-se!

"Confesso que ainda dói um pouco ver que 60 ou 70% do meu cabelo foi embora... 
Mas foi por uma boa causa. Falam tanto de cabelo ruim e cabelo bom, quando na verdade o que arrasa mais é o que veio ao mundo de um jeito e permanece da mesma forma. Eu - já que muita gente não me aceitava nem um pouco com cabelo crespo ou cheio - fazia questão de aplicar produto químico pra no mínimo baixar o volume. Há uns meses atrás decidi mudar isso! Fiz meu corte de pontas. Como as pontas estavam cacheadas, escondiam o dano que a química causou na estrutura do meu cabelo. Ali estavam elas... As sequelas deixadas no resto do “belão”. Estavam à mostra. Eu já imaginava que elas iriam aparecer, mas foi preciso fazer! Mesmo assim não tive coragem suficiente pra jogar fora o que me restava... Me contentei com trapos! Decidi depois de um tempo: "Cansei desses arames feios! Isso é um cacho? Uma onda? O que é?". Esse sim é o cabelo que precisa ser domado: o danificado. Ou você se contenta com essas formas estranhas que essas tais empresas de relaxamento "zicas" colocam no seu cabelo, ou aceita o teu natural. Tanta gente não tem noção de como o próprio natural é lindo! Deixa ele crescer, vê pelo menos a sua raiz. Agora multiplica ela por 10. Por 50... Por 100 centímetros além... Olha que lindo! Não são só as modelos de revista ou as dançarinas da Beyoncé que fica bem assim, não. Experimenta pra ver! Dói em mim agora, mas daqui há pouco eu espero ver ele a coisa mais linda desse mundo. Eu amo o meu cabelo, do jeito que ele é! Beijos!"

PRETA, SEU DIA É SEMPRE!

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por Coletivo Meninas Black Power


      25 de Julho, Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha e da lembrança de Tereza de Benguela, ícone da resistência ente mulheres negras no Brasil. Um dia todo nosso desde 1992, quando a data foi criada, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas.
      Você deve ter notado que não falamos nada antes, né? Sim, desta vez chegamos propositalmente atrasadas, mas não esquecemos. Queremos lembrar que esta data deve transcender um dia específico, especialmente dentro de cada uma de nós. Mesmo diante da objetificação dos nossos corpos, diferenças expressas nos salários ou nas oportunidades, privações e violências, solidões e tantas outras coisas que podem querer deixar a vida mais triste, lembre agora mesmo o quanto você é preciosa para nós e para o mundo. "Nossos passos vêm de longe", como nos ensina o livro, então perceba nossos avanços, nossas conquistas. Continue caminhando. Estamos vivas e lindas! Seja espelho para as outras e reflita em você mesma os valores construídos através dos tempos. Ame quem você é, a mulher que você se torna todos os dias, viva feliz, divida suas dores e não pare de brilhar.
      Para nós, integrantes do Coletivo Meninas Black Power, cada mulher preta que atravessa nosso caminho com experiências, lutas e alegrias para compartilhar, possui valor inestimável. Nosso coração bate mais forte ao perceber o quanto somos lindas nessa diversidade de texturas, tons, formas e ideias. Queremos agradecer por nos potencializar e dizer o quanto sentimos orgulho de cada empreendedora, estudante, profissional, pensadora e tantas outras coisas que brotam e evoluem diante dos nossos olhos. É um prazer desenvolver conteúdos que dialoguem com nossas necessidades, mas fica melhor quando podemos ouvi-la, abraça-la e receber todo o carinho. Assim sentimos que somos muitas, somos todas. Não estamos sozinhas e é maravilhoso saber que você caminha com a gente. Você é incrível e não podemos deixar de te dizer.
Muito obrigada, preta!
Seu dia é sempre.

7 MITOS SOBRE CRESPOS NATURAIS PARA NÃO ACREDITAR MAIS

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por Élida Aquino

Ilustração: Refinery29
        Adoro observar as Meninas e suas texturas crespas por aí. Todas são tão particulares, imprimem uma identidade tão profunda que se mistura com nossa histórias... Mas desconsiderando a infinidade de texturas (maravilhosas!) que existem, cabelos crespos naturais ainda são simplesmente um monte de fios emaranhados e difíceis de "controlar" na opinião de muita gente. Pessoas com cabelos crespos, que convivem com outras pessoas de cabelos crespos, ou até as que desconhecem o que é ter cabelo crespo, estão acostumadas com a visão de que crespo é sinônimo de "ruim", difícil de lidar. Não é incomum encontrar quem diga que não devemos optar por usar o cabelo naturalmente crespo, seja lá a textura que tiver, já que "cabelo ruim não tem jeito". Chegam até a cogitar que ficamos loucas ao saberem que estamos em transição ou que cortamos toda a química. 
     Felizmente estamos vivendo um movimento forte que apresenta as possibilidades do natural como forma de posicionamento político e, principalmente, de conhecimento da beleza que nunca foi vista como aceitável, mas que pode e deve aflorar em cada uma. Por isso é cada vez mais importante quebrar os estigmais sociais sobre o que o cabelo crespo realmente é. Este post está aqui pra ajudar a pensar sobre alguns mitos frequentes. Ele foi originalmente publicado pelo Refinery29 e reúne opiniões de especialistas em cabelos crespos que explicaram tudinho. Vocês devem conhecer outros mitos e podem contar aqui nos comentários ou na página Meninas Black Power. Vamos lá reposicionar os conceitos! 

MITO 1: "CABELO CRESPO NÃO CRESCE!"
Temos visto várias Meninas naturais, principalmente as com texturas do tipo 4, obcecadas com o crescimento de seus cabelos e desapontadas quando não notam visivelmente que seus fios estão crescendo como planejaram ao iniciar aquele "tratamento mágico" com alho, café ou pó de guaraná. Calma, gente! Anthony Dickey, cabeleireiro e co-fundador do salão Hair Rules, diz que "independentemente da textura, todos os cabelos crescem cerca de um quarto e meio de polegada por mês. O desafio para naturais é começarem a cuidar de seus cabelos fora do ponto de vista de outras pessoas, como se seus cabelos precisassem se comportar como cabelos de outras texturas. Isso ajudaria a entender o comprimento real, como o cabelo se comporta e o ritmo particular de crescimento." Sabendo que cabelo crespos e naturais podem ser bem mais enrolados, o crescimento nem sempre fica tão evidente quanto em cabelos lisos, alisados ou até mesmo relaxados. Além disso, é preciso lembrar: o fator encolhimento está aí. Extrapolar no uso de métodos que aumentam o comprimento, abusar da aplicação de calor no secador, não desembaraçar ou hidratar adequadamente, por exemplo, são hábitos que podem conter o crescimento.


MITO 2: "VOCÊ DEVE LAVAR SEU CABELO DE VEZ EM NUNCA."
É verdade que os cabelos crespos não devem ser lavados tão frequentemente – a gente sabe que nosso cabelo não retém a hidratação naturalmente com tanta eficácia e etc. Mesmo assim a água pode realmente ser seu nossa aliada. A fundadora da Curls, Mahisha Dellinger, lembra que os produtos tendem a ficar acumulados sobre nossos fios e acabam bloqueando a capacidade de “respiração” do couro cabeludo e dificultando a entrada da umidade. É importante não prolongar o tempo entre uma lavagem e outra. "Você definitivamente não deve lavar o cabelo todos os dias, mas faça ao menos uma vez por semana e coloque um co-wash¹ no meio da semana. A finalidade é limpar o cabelo. Não considere que está apenas retirando o acúmulo dos produtos. Lembre-se que existem muitos resíduos trazidos pelo ambiente que ficam sobre os fios", ela recomenda. 

Ilustração: Refinery29
MITO 3: A APLICAÇÃO DE ALGUNS ÓLEOS NO COURO CABELUDO FAZ O CABELO CRESCER MAIS RÁPIDO
Muitas devem usar estas aplicações com o intuito de hidratar o couro cabeludo, mas podem provocar o efeito oposto. Mahisha lembra que "alguns óleos podem conter petrolatos ou óleo mineral na composição e esses componentes entopem os poros, bloqueiam o couro cabeludo". Várias mulheres de cabelos naturais pensam em alguns óleos como hidratantes, mas na verdade não são. Eles estão na verdade funcionando como selantes. "Se você aplica óleo sobre o cabelo seco, a chance de aumentar o ressecamento aumenta. O ideal é usar óleos vegetais, livres de componentes prejudiciais, após condicionar e finalizar. Assim você estará selando a hidratação com óleo”. 

MITO 4: "CABELOS CRESPOS NATURAIS SÃO MAIS FORTES QUE OUTROS TIPOS DE CABELO."
Mesmo que algumas texturas de crespos naturais pareçam mais rígidas, a realidade é que os fios são muito delicados. "As pessoas pensam que porque são crespos, cheios de texturas e possibilidades, eles podem resistir a qualquer coisa", diz Mahisha. "Crespos são tipicamente frágeis, propensos a quebra e ressecamento. Precisam ser tratados delicadamente, com cuidado extra".

Ilustração: Refinery29
MITO 5: "APARAR SEMPRE AS PONTAS VAI FAZER SEU CABELO CRESCER."
Há uma verdade parcial aí, já que aparar as pontas impede que pontas duplas rompam a extensão do fio, danificando o cabelo em longo prazo. Mas o caminho para um cabelo mais longo não é cortar sempre que puder, mas cuidar do cabelo que vem do couro cabeludo. "Prestamos muita atenção para as extremidades, porque esta é a parte mais antiga do cabelo, mas esse cuidado promove grande impacto no crescimento? Não. Crescimento começa no couro cabeludo. É importante manter o couro cabeludo saudável", ressalta Mahisha. Óbvio que todo o cabelo merece atenção – da raiz ás pontas - mas pense que aparar de leve a cada seis ou oito semanas é o suficiente.

MITO 6: "VOCÊ NUNCA, NUNCA, DEVE USÁ-LO ALISADO!"
Sim, se não for feito com segurança, escovas e chapinhas vão acabar alterando o padrão dos fios, diz Derick Monroe, especialista da SoftSheen-Carson. Mas, quando executado da maneira adequada e usado ocasionalmente, os fios ficam intactos. A conversa é sobre a quantidade de calor a que você expõe seu cabelo. "Se ele sobreaquecer, partes da extensão começarão a quebrar. Quando você voltar para o formato natural dos fios eles não vão enrolar da mesma forma. Nós chamamos isso  de relaxamento térmico, porque uma vez que você altera esses seguimentos do cabelo, está feito. É como um relaxamento químico." Certifique-se de que você está tomando as devidas precauções: usar um o secador com um pente, para não aplicar calor diretamente sobre os fios; sempre, sempre, sempre hidratar; condicionar; aplicar protetores térmicos antes; não abusar da chapinha. Se você vai a um salão para fazer uma escova em seu cabelo natural, certifique-se que você está em mãos cuidados, que vão cuidar adequadamente dos seus cachinhos - preferencialmente alguém que especialista nos cuidados do cabelo natural.

Ilustração: Refinery29
MITO 7: "É DIFÍCIL LIDAR COM UM CABELO CRESPO NATURAL!"
Cabelo natural exige tempo e paciência, mas "difícil" não é uma palavraque se encaixa nele. Não há dúvida de que é preciso dedicação, especialmente para as que já usaram relaxantes ou alisantes a maior parte de suas vidas. A ideia de cuidar desta "nova" textura, ainda desconhecida, e sabendo que aprendemos que esse cabelo natural não é bom, pode assustar no início. Como optar por algo ruim, feio, indesejado, não é? Mas é preciso avaliar o que quer, como pode funcionar sua rotina de cuidados com base em seu estilo de vida. "A única mudança é a textura. Quando você assume sua textura naturalmente crespa, desembaraçar corretamente, condicionar e finalizar acabam sendo etapas executadas de forma diferente. Mas, ao mesmo tempo, seu crespo pode se apresentar bem mais versátil se você se permitir descobrir o que ele pode oferecer. Você pode sair com ele molhado, tipo wash and go², e num outro dia mudar a textura com twits ou coques bantu. É incrível!", avisa Mahisha.
Aprendam com seus cabelos, Meninas! Eles são sensacionais!

Glossário #meninasblackpower:
¹ Co-wash - "Co" de condicionador + "wash" de lavar. Essa técnica consiste em substituir o uso do shampoo na lavagem por um condicionador (preferencialmente um produto liberado para no poo; isto é, que não possua agentes como derivados de petróleo, por exemplo). O condicionar possui agentes de limpeza mais suaves que o shampoo e ajudam a potencializar a hidratação.
² Wash and go - "Lavar e ir", ao pé da letra. É fazer todo o processo de lavagem, condicionamento e finalização, estilizar os fios de um jeito que você possa ir pra onde quiser usando os fios ainda úmidos, sem tanto medo do fator encolhimento ou frizz.