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RESENHA SEM SER RESENHA - LINHA TÔ DE CACHO DA SALON LINE

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por Tainá Almeida

Foto: Tainá Almeida
      Em Fevereiro, durante o carnaval, fui a uma perfumaria e encontrei toda a linha do #tôdecacho. Eu já tinha olhado aqui nas perfumarias do Rio, mas nunca encontrei o leave-in para o 4C. Depois de mais um dia de praia, decidi usar e depois pensei: PRE CI SO resenhar! Descobri que não sou uma "resenhadora" de produtos de beleza. Quando dei por mim já tinha escrito uma dezena de textos, nenhum deles em forma de resenha, nenhum deles falava de textura do produto, do cheiro, se ele era viscoso demais, pesado demais, leve demais ou quantos day after eu conseguia com ele. Aí comecei a assistir algumas resenhas no Youtube e pensei que não dava pra ser mesmo como essas minas! Elas são sinistras! Realmente falam de tudo sobre o produto, sabem as especificidades da composição de uma forma que eu nunca saberei explicar. Então, para uma resenha decente, fiquem com esse vídeo divo.



     Como não vi nenhuma resenha de menino e meu namorado já tinha experimentado meu creme e a gelatina, resolvi falar da nossa experiência como um casal crespo que divide os cremes. Também não deu certo. Os motivos para não dar certo são os mesmos de eu não saber fazer resenha [risos].

 
      A ideia adormeceu, apesar de a editora do blog sempre ficar me cobrando. Foi então que meu creme de pentear 4C da linha acabou! Fiquei olhando para aquele potinho vazio e me dei conta que é o primeiro leave-in que eu usei até o final. O cheiro não me enjoou, o cabelo não viciou e já penso em comprar outro.
      Meu crespo é tipo 4C, então achar um creme que o hidrate e não fique com aquele monte de poeirinha branca é uma missão bem complicada. Não consigo isso se usar a gelatina. A poeirinha vira uma nuvem a meu redor. Quando li no rótulo aquele monte de óleo e a promessa de deixar meu crespíssimo poderoso, desacreditei na hora. A verdade é que ele foi uma grata surpresa.  Ele realmente ajuda no aspecto de eterno ressecado nas pontinhas, os óleos realmente funcionam e tem a vantagem de ser liberado para no e low poo. Depois de Março meu cabelo começou a ficar muito ressecado, eu resolvi isso adicionando duas tampinhas do óleo Encrespando que o Chad fez especialmente para o Coletivo Meninas Black Power (dá uma olhada na page). 
      Este seria um post-resenha, virou um post-desabafo [risos]. A verdade é que esse creme foi um dos que meu cabelo mais gostou. O outro foi o Vida Intensa, também do Chad 

* Esse post não é um publieditorial 

TESTAMOS OS BATONS AVON ULTRAMATTE !

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por Meninas Black Power

      Quem nos acompanham no Instagram deve ter visto há um tempo: recebemos nada menos que um kit incrível da Avon contendo todas as cores dos novos batons UltraMatte para testar e contar aqui. Chegou a hora!  São 10 cores - entre tons de nude, rosados e vermelhos - que prometem maior fixação e com pigmentação mais intensa. Confiram todas as opções no link que indicamos, ok? Cada uma de nós escolheu seu favorito, testou e veio mostrar pra vocês. Vejam abaixo os cliques (feitos pelos parceiros do @qmcoficial e make da lindona @maiaboitrago)!


Tainá Almeida - Rosado UltraMatte

 Suzane Santos - Orquídea UltraMatte

Maria Fernanda - Vermelho UltraMatte

 Jaciana Melquiades - Cereja UltraMatte


 Élida Aquino - Framboesa UltraMatte

Jessyca Liris - Melancia UltraMatte


Karina Vieira - Malva UltraMatte

      É super importante que nós, mulheres negras, tenhamos cada vez mais espaços entre produtos cosméticos e que a gente consiga se ver na publicidade das marcas das quais compramos. Pra nós é um prazer poder representar isso de alguma forma e esperamos que vocês curtam o post, Meninas! Parabéns à Avon por estar de olho na gente. Que produtos e campanhas que tenham nossa cara - em todos os sentidos - não deixem mais de acontecer.  Beijos do time!
*Esse post não é um publieditorial

MBP TESTOU - LINHA CAVALO FORTE DA HASKELL

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por Tainá Almeida
      Já conhecem a linha Cavalo Forte da Haskell? De cara esse nome me trouxe lembranças daquele produto que não devemos passar no cabelo e que promete crescimento, força e tudo mais. Para vocês que estão tristes por não poder usar o proibido, podem ficar mais alegrinhas. Esse produto da Haskell vem com essa promessa de cabelo forte! (yay!!!)
       A linha é rica em Biotina, Pantenol e Queratina e aqui no site vocês podem saber mais sobre cada uma dessas substâncias. Eu tenho 4C, Meninas Black Power, vocês entendem que isso quer dizer cabelo com mais necessidade de hidratação, óleos e manteigas. Então na sequência vai minha visão. Segurem aí!
      Sabemos daquele drama de encontrar um shampoo que não resseque o fio ao primeiro contato. Esse realmente não deixa o fio ressecado. Poucos produtos industrializados têm esse efeito no meu cabelo. Os dedos correram como se não tivesse shampoo e os fios ficaram extremamente limpos e macios. É bastante concentrado. No meu processo de limpeza, sempre diluo o shampoo numa proporção de duas partes de água para uma de shampoo. Aprendi que funciona melhor para mim. De tão concentrado que ele é, na segunda vez que usei, diluí na proporção de 4 partes de água e uma de shampoo. Ficou bem ralo, mas limpou muito bem. Não senti agressão depois do enxágue. Foi bem tranquilo mesmo. Só esqueci de contar que essa maravilhosidade tem um brilho dourado, me senti rycah! Eu não faço no ou low poo, então não tive questões com a composição.
     Depois utilizei a máscara de tratamento. Ela precisa de uma dedicação maior e fica para o próximo post. Mas é ótima e casou super bem com a necessidade do meu cabelo, que estava bem ressecado. Finalizei o tratamento com o condicionador, para fechar as cutículas do fio e manter todas as coisas boas dos produtos lá dentro. 


Após o tratamento e finalização
      O resultado foi incrível! Cabelo macio, sem aspecto opaco e senti diferença no meu fator encolhimento. O cabelo ficou bem grandinho.

PRETA, ACADÊMICA E INTERCAMBISTA

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por Cleissa Regina
Foto: arquivo pessoal
“Desde cedo a mãe da gente fala assim: 'Filho, por você ser preto, você tem que ser duas vezes melhor.' Aí passado alguns anos eu pensei: como fazer duas vezes melhor, se você tá pelo menos cem vezes atrasado pela escravidão, pela história, pelo preconceito, pelos traumas, pelas psicoses... Por tudo que aconteceu? Duas vezes melhor como?” 
– Racionais Mc’s, A vida é Desafio

      A gente sabe que é uma festa quando entramos na universidade. Parece que todos os nossos problemas acabaram e que, com certeza, vamos ter um futuro brilhante. Até aí a universidade parece o melhor lugar do mundo. Mas só parece. Depois de pouco tempo a gente vê que não é assim. Uma realidade estressante, com toda a obrigação de produção acadêmica em massa que não conseguimos cumprir. Frustrante por não nos vermos nas bibliografias e nas pessoas (pessoas?) dos tão respeitados professores-doutores-jovens-cientistas-de-1998 e por ainda sermos objetos e não sujeitos das pesquisas que ocorrem lá dentro; muitas vezes maçante, afinal muitos de nós precisam trabalhar pra se manter e normalmente as universidades são longe dos nossos lares. E, apesar de agora estarmos lá dentro - há muito tempo enquanto mão de obra e hoje, enfim, enquanto graduandos - a academia tem nos contido de várias formas. Com a evasão, com os problemas psicológicos e com a nossa grande ausência na pós-graduação. Ainda me choca ver alguns cursos sendo bastante preenchidos por nós, mas não vendo os pretos (ainda que com ótimo desempenho acadêmico) passarem da graduação ao mestrado. 


Foto: arquivo pessoal
     Como tem sido nossa passagem pela universidade? Como anda a saúde e a autoestima das pretas e pretos universitários? Qual tem sido a realidade das irmãs e dos irmãos formados? Essas são perguntas que precisamos nos fazer sempre, mas, além de perguntas, tenho aprendido que precisamos fazer escolhas. Escolhas que tem a ver com o conselho da mãe do Mano Brown, de tantas outras mães pretas por aí, e que podem nos levar mais longe. Escolhas que, acredito eu, me fizeram estar escrevendo esse texto pra vocês agora, depois de conhecer Harvard, Columbia e outras três universidades americanas num intercâmbio pago pelo Departamento de Estado AmericanoEscolhi sair de um estágio que me pagava bem e entrar de voluntária num grupo de pesquisa até realmente ganhar uma bolsa (que não é lá muita coisa) pra ter uma experiência com o que pretendo fazer futuramente. Escolhi me inscrever em menos matérias a cada semestre pra me dedicar mais em cada um e me sair melhor em cada período. Escolhi voltar para o inglês e realmente dominar a língua, já visando à próxima.
    É óbvio que, além disso, tive pessoas ao meu redor que sempre me mostraram as oportunidades e me encorajaram a tentar. Sei também que falo de um lugar privilegiado por ter tido a possibilidade de fazer essas escolhas, mas ainda assim acredito que várias pretas e pretos podem, além de universitári@s, ser viajadíssimos, e que cada vez mais vamos sim ocupar novos espaços. A viagem foi uma experiência maravilhosa. Pude passar cinco semanas nos Estados Unidos, melhorei meu inglês, cresci pessoal e profissionalmente e aprendi muito sobre a cultura americana e ainda sobre a América Latina. De certa forma, aprendi mais sobre o Brasil também e se eu fosse falar sobre a questão racial lá, daria todo um outro texto, permeado pelas nossas questões daqui. Mas além de tudo isso, viajar me encorajou muito. Coragem que eu tenho visto muitos dos meus pares perdendo durante a passagem pela universidade. Viajar restaurou muitas das minhas aspirações e até fez com elas aumentassem. Quero sim um doutorado, e agora ele bem que pode ser internacional, afinal, se em Harvard tem mais pretos do que na minha universidade, por que eu não poderia estudar lá também? 


Foto: arquivo pessoal
    Enquanto eu não chego nessa parte, quero ver mais pretas e pretos tendo a mesma oportunidade que eu e como sei que tem vários de nós com muita vontade de ter essa experiência, mas não sabem exatamente como, vou dar as dicas que posso. Não é uma receita infalível, mas espero que ajude!

1 - Fique de olho nas oportunidades. Há alguns sites que divulgam oportunidades, mas também é legal sempre olhar a parte de relações internacionais da sua  universidade porque lá pode ter várias oportunidades legais. Fiquem de olho em: Partiu Intercâmbio, Universia, Estudar Fora, Passaporte Mundo 

2 - Pra maioria das oportunidades é preciso ter boas notas. Às vezes pensamos que uma boa nota é 9, mas na verdade é um 7. Então não precisa surtar e vale se arriscar mesmo com uma nota que não seja altíssima, mas é sempre bom se garantir nesse quesito.

3 - Nem todas as oportunidades vão pedir o domínio de outro idioma, mas essa é uma competência importante pra vida e pode ser um critério de desempate, por exemplo. Inglês é o mais comum. A gente acha que nosso nível nunca tá bom, mas a fala é algo que só vai destravar na viagem, o crucial é se garantir na escrita porque normalmente é preciso preencher vários formulários e responder algumas questões em inglês. Nessa hora vale a revisão de uma amiga que saiba muito do idioma. Pra quem não sente minimamente segura com o inglês, tem as bolsas do Santander, que são pra Portugal ou pra países que falam espanhol. Aliás, corram que elas estão abertas agora! É só chegar aqui.

4 - Se a oportunidade for acadêmica, vão pedir uma carta de recomendação de algum professor. Não precisa bancar a "falsiane" e puxar o saco de todo mundo, mas é importante ser mais próxima de alguém que tenha coisas boas pra contar sobre você ou que, pelo menos, esteja disposto a dizer que você é uma boa candidata.

5 - Normalmente atividades extracurriculares não são um pré-requisito, mas são sempre um bom adicional. Como atividade extracurricular conta qualquer coisa fora da sala de aula. Ser monitor, participar de um grupo de pesquisa, participar de um coletivo, fazer grupos de estudos, trabalho voluntário, cuidar dos primos... Tudo depende de como você vai vender seu peixe, de como você conseguiu aprender algo a partir dessa atividade e cresceu com ela.

6 - Esteja disposta a difundir o que você vai aprender com a viagem depois que voltar. É muito mais interessante investir em alguém que vai multiplicar o conhecimento, se a bolsa de estudos for do governo de algum país, por exemplo. Vão querer que você seja capaz de representar a cultura deles aqui.

7 - É preciso se conhecer e ter certeza de que é um boa candidata. Algumas vezes você vai ter que escrever uma carta de intenção ou algo parecido, e nela você precisa saber falar bem de si mesma e mostrar porque você, entre várias outras pessoas, merece ganhar/ser escolhida. Normalmente a gente trava nessa hora, e pode ser bom pedir a ajuda de quem te conhece há muito tempo e que te mostre o que chama mais atenção na sua história.
Espero ver outras pretas e pretos rodando o mundo! Somos diaspóricos, nunca estaremos sozinhos, em nenhum lugar do mundo.

(Atenção! Recadinho das Meninas Black Power: tá rolando uma oportunidade bem boa pra quem quer fazer Inglês. Gratuito e totalmente online, Meninas! Não percam! Todos os detalhes aqui.)

MANTENHA A HIDRATAÇÃO MESMO USANDO PRODUTOS COM SULFATO

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por Élida Aquino

Foto: @sylviagphoto
      Já está comprovado que cada cabelo existe do seu próprio jeito. Apesar de sabermos das desvantagens dos "proibidos", como os que contém sulfato ou parabeno, por exemplo, não podemos ignorar que para muitas crespas ou cacheadas é possível levar uma rotina capilar saudável incluindo esses produtos. 
     Importante dizer: em termos técnicos* o Lauril éter sulfato de sódio é um ingrediente de limpeza adicionado aos shampoos e condicionadores, desengordurante eficaz e o responsável pelas bolhas de sabão que vemos. É exatamente por eliminar com tanta intensidade a oleosidade que se torna prejudicial aos fios crespos e cacheados, já carentes de hidratação natural. Apesar desse currículo, sentir-se confortável com algum produto que contenha sulfato não deve ser motivo de pânico. Abaixo vão algumas dicas básicas e úteis para preservar sua hidratação.

1 – Invista no pré-poo
Velho conhecido de Meninas Black Power! Se vocês estão partindo pro ritual de lavar o cabelo, adicionem mais uns minutinhos e façam algum tratamento antes da aplicação do shampoo. São boas opções aplicar óleos vegetais, manteigas ou fazer misturinhas a partir da noite anterior ou até 30 minutos antes de lavar. Além de começar a promover a hidratação, esse tipo de tratamento reforça a proteção dos fios e dificulta algum ressecamento que possa ser trazido pelo uso do shampoo.

2 – Usem óleos
Apliquem bons óleos depois do shampoo. Turbinar o brilho, selar a hidratação e facilitar na hora de pentear são efeitos desse cuidado. Escolham algum óleo que o cabelo goste, aplique, enxágue rapidamente e continue para o seu tratamento ou condicionador.

Foto: @sylviagphoto
3 – Hidratação power!
Tentem fazer tratamentos de hidratação intensa nos dias em que lavar com shampoo, ainda com as cutículas abertas e prontas para receber todos os benefícios. Usem máscaras puras ou misturinhas, permita a ação por um tempo razoável sobre os fios. Usar touca térmica e outros aparelhos semelhantes ajuda a potencializar esses efeitos.

4 – Método LOC
A forma de finalizar também é importante e o LOC pode ajudar na missão de reter a hidratação que os tratamentos trouxeram. Pra quem não conhece, o método LOC consiste em aplicar Líquido, Óleo e Creme, exatamente nessa sequência, formando camadas. 


       Não esqueçam que essas dicas são baseadas em uma observação geral de como crespos e cacheados se comportam, ok? Sem generalizar. Testem com carinho, respeitando o que o cabelo sinaliza. Não esqueçam de contar aqui se vocês usam produtos com sulfato e as experiências! Será um prazer saber sobre o que rola nas cabeleiras por aí. Beijos! 
Fontes: Black Hair Information | Wikipedia

#FALANDODETRANSIÇÃO: DA QUÍMICA AO NATURAL EM 7 PASSOS

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por Élida Aquino

Foto: Nate White
      Usei relaxante a maior parte do tempo em que apliquei químicas. Dos três aos dezoito anos, basicamente. Eu sei, é um passo enorme entrar em transição se seu cabelo é religiosamente quimicado a cada dois ou três meses. Você vê um pouco de raiz crescida e pensa automaticamente que "é hora de fazer o cabelo"; nota a raiz bem maior, congela diante do volume natural, acha que não tem jeito pra "esse cabelo" e a primeira vontade que vem é a de relaxar ou alisar ou qualquer coisa que mude o quadro; resiste, se vira, mas quando dá de cara com a diferença gritante entre as texturas e o medo de perder seu amado comprimento, correr pra química mais próxima parece a primeira opção. Te entendo. Foi assim comigo. Até desisti da transição e comecei com "sustinhos", só para "abrir os cachos". Depois de entender meus motivos para romper com tudo isso e perceber que minha textura natural era idêntica à textura com química, consegui completar o ciclo. Mesmo não sendo simples e pedindo uma nova forma de pensar você como um todo, deixar procedimentos químicos não é uma missão impossível e existem opções que tornam a caminhada mais leve. Esse post é uma mistura das minhas experiências pessoais e coisas que li. Bom ressaltar: não é um ataque a quem usa química, ok? A ideia é auxiliar quem opta pelo natural.
      Bem, existem duas opções básicas para ir da química ao natural: a transição, fazendo cortes eventuais (ou não) enquanto o cabelo natural cresce; o Big Chop, quando toda a química é retirada de vez com o corte, independente do comprimento do cabelo natural. Qual a melhor? Você decide! Não há um jeito certo e o que importa é como você se sente mais confortável, também como seu cabelo estará durante e ao fim do processo. É importante saber que a transição apresenta desafios além dos que citei acima: você pode lidar com pontas duplas, diferença de texturas, talvez quebra entre a parte com química e a natural, etc. Não desista. 

Mais sobre transição:
Você já entendeu que é uma maneira de evitar aquele corte radical e que o processo é eliminam a química enquanto seu cabelo natural cresce, apenas aparando a parte que tem química, certo? Leva um tempo e pede paciência, mas para muitas vale a pena esperar ao invés de sofrer com o corte. Aparar não é obrigatório, mas ajuda a manter a quebra sobre controle e dá ao cabelo uma aparência mais saudável.

Prós da transição:
1. Você tem tempo para aprender bastante sobre as características particulares do seu cabelo.
2. Se você não curte o cabelo curto, pode evitar o desconforto enquanto espera o crescimento do seu cabelo.
3. Durante a transição você pode aperfeiçoar suas habilidades no cuidado com seu cabelo, praticar vários penteados e etc.

Contras da transição:
1. Seu cabelo muito provavelmente vai apresentar texturas diferentes e em alguns momentos esse fator pode ser bastante incômodo. A dica é texturizar com técnicas como twists, dedoliss, bantu knots, flexi rods e por aí vai.
2. Como já disse, o processo de transição leva mais tempo do que partir logo pro BC. 


Foto: Nate White
Agora vamos aos 7 passos práticos que vão te ajudar nesse período?
PASSO 1 - Mantenha seu cabelo hidratado
A maior luta na transição é impedir/controlar a quebra causada pelo ressecamento, danos que o uso de química trouxe... Faça o que puder para manter o cabelo hidratado, estabeleça uma rotina de cuidados saudável e regular (não vire alok do cabelo, viciada em tratamentos, por favor!). 
Olha a dica:
1. Usar óleos vegetais puros como óleo de coco ou azeite extra à noite, antes de dormir. Aplique por mechas, enluve, faça twist ou coquinho ao final (é só uma sugestão, mas vale a pena fazer pra manter a organização dos fios e até reter o produto aplicado). Isso ajuda na reposição de nutrientes que fortalecerão a linha que divide a parte natural e a com química no fio.
2. Antes de aplicar o shampoo, aplique um pouco de condicionador antes, faça umectação usando óleos vegetais (os mesmos procedimentos da dica anterior) ou prepare uma misturinha (pré-poo, como nessa sugestão aqui). Ajuda a proteger os fios das agressões que shampoos promovem. Enquanto limpam, levam a oleosidade boa junto com a sujeira.
3. Escolha bem seu shampoo e prefira os que são sem sulfato, mais hidratantes e etc. Indico o Ox Plants Hidratante (com sulfato, mas achei super suave e uso frequentemente) e Makeda Shampoo Nutritivo*. 

PASSO 2 – Faça tratamentos profundos
Use máscaras e misturinhas mais elaboradas. É legal pensar até em um cronograma simples para organizar seus cuidados de nutrição, hidratação e etc. (só não vire a aficionada por tratamentos!). Tente fazer um tratamento profundo uma vez a cada 7 dias em sua casa ou, se puder, procure um profissional que entenda sua necessidade e faça tratamentos eficazes.
Olha a dica:
1. Use maionese. Sim! Pode parecer estranho, mas ela é excelente na tarefa de promover hidratação (e vale como pré-poo também!). Vocês vão vê-la entre as indicadas entre os tratamentos com proteína. Aplique pura, misturada com uma boa máscara ou óleo vegetal, por exemplo. Deixe agir por cerca de 30 minutos, enxague, condicione. Um bom tutorial aqui.

PASSO 3 – Evite aplicações de calor
É tentador usar chapinha, escova e por aí vai. Muitas fazem e estão indo bem, mas uma ideia coerente é não aplicar tanto calor nos fios. Essas ferramentas são bem agressivas e podem acelerar a quebra na linha de divisão, onde o fio está mais frágil. Durante a transição evite o uso, e, se necessário, tente usar só uma vez por semana, no máximo. Se você precisa muito e não tem jeito de não usar, reforce ainda mais os tratamentos e vá com cuidado e carinho, tanto na sua linha de divisão quanto sobre sua parte natural que está em crescimento.

PASSO 4 – Modere a lavagem
Isso complementa o cuidado com a hidratação. Lavar o cabelo com muita frequência impede que ele aproveite a oleosidade natural e benéfica. Limite a quantidade de lavagens. Tente lavar uma vez por semana, por exemplo. Assim há tempo suficiente para a oleosidade natural revestir os fios.
Olha a dica:
1. Se liga no co-wash! Essa técnica pode substituir a lavagem total ou parcialmente (aí você entra no mundo do low ou no poo). A ideia é usar o condicionador com composição liberada, que possui agentes de limpeza, no lugar do shampoo. Saiba mais aqui

PASSO 5 – Alimentação balanceada ajuda
A manutenção de vitaminas e minerais é importante para a saúde em geral e faz diferença na saúde dos fios. Verifique se seus níveis de vitamina D e vitamina A estão em dia, consulte uma/um especialista e pratique um estilo de vida. Procure saber sobre o uso de suplementos vitamínicos também. Eles podem fortalecer e até acelerar o crescimento. 

PASSO 6 – Evite produtos químicos
Embora possa parecer um conselho óbvio, tente ficar longe de permanentes, relaxantes e afins no período de transição. Além disso, evite tinturas e descolorantes, já que também causam danos significativos. Busque sempre alternativas o mais naturais possíveis.

PASSO 7 – Inspire-se, liberte-se e divirta-se
Observar casos que deram certo, Meninas que conseguem criar com o próprio cabelo e trocar ideias sobre o assunto, ajuda bastante e te deixa mais segura. Aproveite o momento, toque seu cabelo, teste produtos e penteados, novos acessórios, pergunte bastante. A maioria de nós cresce sem saber como o cabelo se comporta e como ele pode ser maravilhoso (contrariando o que sempre disseram sobre ele). Esse é o seu momento! Se descubra. Com certeza saber seu cabelo abrirá portas muito maiores nesse universo de possibilidades que você é.

PASSO BÔNUS – Não ligue pra quem não pode ajudar
Opiniões negativas disfarçadas de "sugestões" ou conselhos amigáveis vão surgir. Muita gente vai querer saber se você está em depressão, o motivo de "não se cuidar mais" ou suas razões para assumir "esse cabelo". Vão dizer que o liso combina mais com seu rosto ou que preferem te ver desse ou daquele jeito. Lembra do passo anterior? LIBERTE-SE. Inclusive da necessidade da aprovação de outras pessoas. Esteja e caminhe segura. Você decide o que fazer com seu corpo e ninguém pode ter maior poder sobre você mesma. 

É isso aí, Menina! Espero que essas ideias te ajudem. Se quiser compartilhar dúvidas, experiências e dicas também, fique à vontade. Beijos!
* Não é publieditorial.
** Fonte: BlackHairOMG

FORA DO PADRÃO - IDENTIFIQUE (E AME) SEU TIPO DE FIO

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por Élida Aquino

Foto: gvldslxgs | Modelo: abellejesuis

      A tabela que agrupa tipos de fio é certamente uma das primeiras informações recebidas quando a pesquisa sobre cabelos crespos ou cacheados naturais começa. Conhecem? Bem, algum tempo ajudando na circulação de informações sobre cabelos naturais me fez notar a busca crescente por padrões específicos (e muitas cabeças frustradas por não descobrirem o cabelo dos sonhos por baixo da química restante). Já escrevi sobre isso aqui, aliás. Digam: tentar conhecer o próprio cabelo não carrega em si a proposta contrária? Nessa "jornada" não buscamos entender o cabelo que temos, quem somos com ele, se ele nos satisfaz independente da opinião das pessoas e etc.?
       Recentemente um texto publicado em Naturally Curly me fez repensar essa questão. "Qual o meu tipo de fio?" com certeza é uma das perguntas que mais leio. Antes de tudo é bom contar que há muitas coisas para saber além de determinar se os fios são 3c ou 4b! A busca desesperada por se encaixar numa categoria acaba criando a ideia de um tipo desejável e outro não, o bonito e o feio. É assim que voltamos ao velho cabelo bom vs. cabelo ruim. Conhecer os próprios fios, considerando que cada cabelo é único, é o mais importante e a será só um apoio. Quando entendemos bem a estrutura do cabelo que temos, podemos observar blogueiras ou vloggers que tenham cabelos semelhantes, escolher produtos de maneira cada vez mais acertada, identificar as fragilidades e, principalmente, aprender os potenciais que o tornam maravilhoso do jeito que é.
      A Charlene, autora do artigo que mencionei acima, destacou 4 coisas para procurar saber sobre o cabelo natural, além de buscar por um padrão específico de cacho. Vejam:

1. A espessura do fio:
Texturas refletem diretamente as diferentes espessuras dos fios e as espessuras podem ser vistas de 3 formas: finas, médias ou grossas. Fios com espessuras finas são delicados e, por causa disso, mais propensos à quebra. Acontece principalmente diante de manipulação frequente e exagerada. Os mais espessos são muitas vezes mais fortes e podem aguentar a manipulação sem tantos danos. Compreender a espessura dos fios ajuda na reavaliação dos cuidados e hábitos do cotidiano ou na escolha dos produtos testados, por exemplo.

2. A densidade
Isso significa a quantidade total de fios que possuímos. A quantidade de fios pode variar entre quem tem texturas muito semelhantes e os resultados de um mesmo tratamento ou penteado, por exemplo, podem se mostrar diferentes em cada cabelo. Dica: quem apresenta baixa densidade pode contar com o auxílio do pente garfo ou pente de dentes bem largos para desfazer os cachinhos perto da raiz e ganhar mais volume. Também é bom optar por produtos leves, como leite desembaraçante, gel ou leave in aquoso. Eles não pesam nos fios e não anulam o volume que os fios já possuem.

3. A porosidade
É a capacidade que os fios têm de absorver a hidratação. Acreditem, é uma das características que mais pede observação, sabendo que principalmente os crespos são propensos ao ressecamento. Existem três níveis de porosidade: baixo, normal e alto. Em cabelos com baixa porosidade a hidratação penetra com maior dificuldade, mas quando hidratados corretamente perdem a hidratação mais lentamente. Nos com alta porosidade acontece o inverso: eles absorvem fácil a hidratação – aquela sensação de que o cabelo "sugou" a máscara ou a misturinha do tratamento – mas perdem com a mesma rapidez. Depois de entender qual o estado de porosidade dos fios, a forma de pensar os cuidados muda ainda mais. Selar a hidratação corretamente torna o nível de porosidade cada vez menor e o cabelo ficará mais hidratado ao longo do tempo. Também é um fator que influencia na retenção do crescimento, quebras e danos graves e etc.

4. A elasticidade
Mede a capacidade de extensão dos fios.  Se o cabelo não retorna à mesma conformação inicial depois de puxar, provavelmente tem baixa elasticidade e ela influencia na quebra dos fios. Pesquisas dizem que não existe elasticidade se há o fornecimento entre a hidratação e proteína está desequilibrado. Se a elasticidade está baixa é preciso optar por produtos e tratamentos que possuam proteína na composição e, para evitar sobrecarga, balancear com produtos hidratantes.

Como são os fios de vocês e como vocês estão suprindo as necessidades deles, Meninas? Compartilhem aqui!

KIT MBP - LAIS REVERTE

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por Grupo de Trabalho Moda e Beleza

    E aí, Meninas?! Prontas pra mais uma dica diretamente da nossa equipe?! Então venham aqui. A maravilhosa de hoje é a Lais. A listinha é curta e eficiente, especial para as mais práticas ou que mudam muito de cara quando estão por aí. Aproveitem! 

2 - Grampos
3 - Pente garfo
4 - Presilha pro cabelo em forma de pente

KIT MBP - ARIELLY SANTOS

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por Grupo de Trabalho Moda e Beleza

      Voltamos! Continuando nossa série, conheçam hoje os produtos favoritos da Arielly. As dicas dela são ótimas, especialmente pra Meninas que sempre pesquisam sobre jeitinhos de corrigir as sobrancelhas. Vocês vão adorar! Confiram!
2 - Base TimeWise, Bronze 2, Mary Kay - R$ 59,90
3 - Batom Extra Lasting, Café, Avon - R$ 14,99
4 - Presilha pro cabelo em forma de pente
5 - Elseve Óleo Extraordinário, L'Oréal - R$ 27,89
7 - Fita ou elástico pra fazer afro puff

MBP TESTOU - LINHA NUTRAHAIR CACHOS

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por Grupo de Trabalho Moda e Beleza



     As integrantes do Coletivo Meninas Black Power receberam em primeiríssima mão os produtos da nova linha da Nutrahair para cabelos crespos e cacheados. A marca concordou com a gente: crespo é lindo! Por mais fechados que sejam seus cachinhos, eles merecem cuidados especiais e produtos que atendam suas necessidades. Usamos os produtos por pouco mais de um mês. Adoramos o convite e vamos compartilhar aqui o que cada uma achou dos resultados em sua textura, forma como usamos, possibilidades e etc. Aproveitem! A Nutrahair trabalha com produtos profissionais, mais utilizados em salões. Com essa linha não é diferente. Lemos na embalagem que os quatro produtos possuem "liberação gradativa e tratamento prolongado" e contam com um complexo vegetal (Colágeno Fitomarino e Extrato de Nori) na composição. Todos contém 500 ml e o kit é composto por:
- Shampoo: Promete limpeza suave através de agentes condicionantes que executam a limpeza sem tornar os fios ásperos. Não conta com cloreto de sódio na composição, mas contém sulfato.
- Máscara Condicionante: Promete reposição lipídica e nutrição profunda. Contém Ômega 3/6. Liberada para no e low poo.
- Gloss Modelador: Seria o componente semelhante ao leave in. Promete redução de volume, efeito natural e maior definição nas ondas já existentes.
- Fluido Fixador: Muito parecido com um gel, sendo um pouco mais líquido. A embalagem diz que ele define e realça as ondas dos cabelos sem pesar. Pode ser usado separadamente ou em conjunto com o gloss.


"Lavei e texturizei com os produtos da linha. Após a lavagem com o shampoo, já notei uma maciez que não vejo em outros produtos que uso! A máscara condicionante conferiu muito brilho e texturizou bem os fios após a lavagem. Percebi uma maciez muito grande, mesmo sem qualquer leave in. Já o Gloss Modelador não me agradou muito. Creio que sua composição não possui óleo suficiente que meu crespo precisa, pois após o uso meu cabelo ficou um pouco ressecado e pesado demais."



"Identifico minha textura como 3C/4A. Senti que o shampoo hidratou além de limpar o couro, não deixando-o com aspecto áspero. A máscara condicionante possui ótima consistência. Além de prática, por ser um produto 2 em 1, ela me proporcionou hidratação profunda em poucos minutos, dando brilho e maciez aos fios. O Gloss Modelador pesou o cabelo. O Fluido Fixador me lembra um pouco o G Gelatina pela consistência mais liquida. Meu cabelo simplesmente amou. Ganhou um brilho incrível e ótimos day afters. Testei o Gloss Modelador com o Fluído Fixador e deu super certo. Não passei muito produto no cabelo, mas ficou lindo."



"Não costumo usar condicionador depois do shampoo e com os produtos da linha não foi diferente. Na primeira lavei com shampoo duas vezes e depois usei o Gloss Modelador. O shampoo é muito cheiroso, com fragrância bem levinha, deixou os meus cabelos limpos e pensei em não passar a segunda vez como faço. O Gloss Modelador tem consistência bacana, fluida, e com pouca quantidade deu pra desembaraçar e finalizar os cabelos e finalizar. Aí foi só aguardar a secagem e eles ficaram super macios e com um brilho ótimo. Na segunda semana, usei a linha toda, lavei com shampoo somente uma vez, selei com um pouquinho de condicionador, passei o Gloss Modelador, deixei secar sem mexer. Eles ficaram com aquele aspecto de molhado e bem firmes. Pra pegar aquele volume "bafo", passei o fluido fixador e amassei bastante com as mãos. Voilà! Cabelos cheirosos, macios, com uma textura ótima e volume que eu adoro. Super recomendo. Testem as combinações dos produtos até conseguirem o resultado que 
mais gostam."

"Acho minha textura 4A/4B e sem dúvida esta é uma das linhas que meu cabelo mais amou. O shampoo é incrível! Testei fazendo umectação antes da lavagem, mas ele não deixa os fios ásperos, então umectar antes só turbinou o efeito de maciez dos fios antes do tratamento. Uso a Máscara Condicionante depois de lavar e deixo por cerca de 20 minutos. A consistência é ótima e o efeito é de hidratação profunda. Não misturei óleos como faço com outras máscaras e ainda assim o cabelo sentiu bem a ação dos componentes. Finalizar com os produtos é bem divertido e sempre testo um novo jeito. Já fiz só som o Gloss Modelador, só o Fluido Fixador, método OG (óleo vegetal + Fluido Fixador) e uma variação de LOC (Gloss Modelador + óleo vegetal + Fluido Fixador). A última foi a que deu mais certo. Separo e aplico os produtos como na fitagem (isso garante que todo o cabelo vai receber o mesmo tratamento e eu sei que todas as partes vão ficar parecidas). Só tenho usado os dedos pra desembaraçar e os produtos não brigaram com esse novo hábito. Sinto muito brilho (mas lembrem-se de que eu costumo usar óleo junto e isso dá um up), maciez prolongada, a definição dura bastante e nada interferiu no volume. Indico pra todo mundo.”

      É isso, Meninas! Adoramos a experiência e vamos continuar comentando sobre os produtos. Fiquem ligadas. Beijos!

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