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NOTA DE REPÚDIO AO RACISMO DA CADIVEU

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A Cadiveu é uma empresa de cosméticos que recentemente fez uma ação de marketing desastrada e racista que consistiu em fotografar alguns clientes com uma peruca black power e um aviso nas mãos dizendo “eu preciso de cadiveu”. Após muitas queixas, a empresa se pronunciou, porém sem assumir o teor racista e agressivo da campanha.
Quando esse tipo de “polêmica” acontece (o que para mim é claramente uma injúria racial) muitos de nós ofendidos e discriminados ficamos confinados às caixinhas de comentários, tendo que provar por A+B que foi racismo. Ou tendo de ouvir mais comentários racistas daqueles que, geralmente brancos, não viram nada de mais.
Dessa vez, para mostrar que a propaganda da Cadiveu foi muito mais que humor ou brincadeira mas sim uma manifestação de racismo evidente, viemos nos manifestar por meio de uma nota de repúdio assinada por diversos coletivos e indivíduos. Sentimos o dever de publicá-la aqui. Fiquem muito à vontade para compartilhar e assinar também.

Nota de repúdio ao racismo da Cadiveu

Não é fenômeno atual o fato de que o fenótipo de pessoas negras é adjetivado como ‘ruim’; conforme ensaio de G.K. Hunter (“Othello and color prejudice”, 1978, p.41), na literatura religiosa, nos romances medievais e na tradição pictórica, todos os demônios, pagãos, maus espíritos, mouros e turcos eram negros.
Dito fenômeno se acentuou por ocasião da escravidão de negros africanos; conforme ensinou Octave Mannoni, em “Próspero e Caliban”, as diferenças entre os seres humanos foi usada pelo colonizador como um instrumento de dominação, pois ele, além de não perceber o mundo do colonizado como um mundo a ser respeitado, ainda buscava satisfação psicológica na imposição de seus próprios valores e tradições como ‘algo superior’.
Essa dominação se deu, no caso dos escravos africanos, com uma total repressão a tudo que se referisse ao povo africano: seus valores, deuses, tradições e fenótipo. A palavra diáspora refere-se a um trauma coletivo de um povo que, banido de sua terra e vivendo em um lugar inóspito, sente-se como que desenraizado de sua cultura e de seu lar. Esse trauma leva muitas pessoas negras a, buscando a aceitação do dominador, negar sua própria afrodescendência ao buscar a adequação de seus corpos (e cabelos) aos padrões eurocêntricos impostos.
Mesmo após passados anos da abolição da escravatura, essa desvalorização da pessoa negra, de sua cultura e valores se perpetua através de outros meios, como a demonização das religiões de matriz africana, a qualificação pejorativa do fenótipo negro e o tratamento de pessoas negras como que inferiores, com o uso de linguajar infantil que reflete exatamente esse sentimento de superioridade de quem o adota.
Recentemente a marca de produtos cosméticos ‘Cadiveu Brasil’ publicou em sua página do Facebook um álbum onde foi retratada uma campanha que perpetuava o racismo, por meio de qualificação pejorativa do cabelo de pessoas negras. Dito álbum mostrava pessoas colocando uma peruca que lembrava o cabelo ‘black’ e segurando uma placa com os dizeres ‘eu preciso de cadiveu’ (numa clara alusão à idéia de que o cabelo crespo, para se tornar apresentável/aceitável, precisava de um cosmético).
O coletivo ‘Mulheres Black Power’ foi o primeiro a se manifestar contrariamente a esse preconceito velado, disfarçado de ‘padrões de beleza’ eurocêntricos e racistas; e vários outros coletivos e usuários da rede manifestaram repúdio à dita conduta.
No lugar de apresentar uma retratação digna, a referida marca respondeu no Facebook dizendo que era ‘apenas uma brincadeira’, ‘que a campanha tinha sido um grande sucesso’, ‘que tinham uma modelo negra que assumia o cabelo black’, entre outras coisas.
Referida resposta nem de longe constitui a postura que se espera de uma empresa séria que diz respeitar a diversidade e suas consumidores’ ; reflete, na verdade, uma visão alienada de que sob a desculpa do ‘humor’tudo pode ser feito, que ter uma modelo negra os autorizaria a vilipendiar o fenótipo negro, que um grande sucesso numa campanha constituiria motivo suficiente para a manutenção desta campanha, independentemente de seu conteúdo.
Seguiram-se novas manifestações de usuários e nova manifestação da marca, que desta vez optou por usar um linguajar infantilizado, apelo à emoção e reiteração do racismo com a alusão à ‘raça pura’ e a proposta de fazer um vídeo com ‘meninas que valorizem os cachos’.
Entendemos que um simples vídeo sem que antes dele venha uma retratação pública não resolverá a crise estabelecida. É preciso que a marca tome outras medidas para demonstrar seu compromisso com o combate ao racismo, pois esse problema não é algo individual, mas coletivo, que infecta todos os padrões sociais.
Enquanto o racismo declarado constitui crime, o velado (em forma de padrões de beleza e humor, por exemplo) continua firme e forte, afetando crianças, jovens e adultos que são marginalizados e ridicularizados. Marcas de produtos e pessoas podem perpetuar o racismo, ainda que de forma inconsciente, motivo pelo qual é preciso conscientizar e educar toda a sociedade contra esses tipos de racismo como parte do combate ao problema. Fazer isso é decência básica humana.
Por este motivo, os coletivos que assinam a presente, resolveram apresentar esta nota de repúdio e uma proposta de retratação eficaz:
a) Indisponibilizar o álbum com a campanha que originou a crise (o que foi feito espontaneamente pela Cadiveu), b) Apresentar texto onde se reconheça que qualificar ou insinuar que o cabelo crespo é algo ruim e precisa de um produto para ser melhorado constitui racismo velado e se desculpar pela perpetuação do racismo, ainda que essa perpetuação não tenha sido feita de forma consciente. c) Desculpar-se por ter usado, em suas respostas, palavras como ‘raça pura’ , o apelo à emoção e a linguagem infantilizada (que revela uma visão de superioridade em relação às pessoas que reclamaram). d) Comprometer-se na luta contra o racismo, fazendo campanha nos moldes da adotada pela DKT com o caso dos preservativos ‘Prudence’.
Assinam o presente os coletivos,


VAMOS FALAR DE TRANSIÇÃO?

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    Toda pessoa no período de transição necessita de muito apoio. O dia é longo, "fulana" trabalha, estuda, faz muitas coisas, e assim desfila com seu cabelo metade natural/metade química por diversos lugares. Ao chegar em casa, muitas dessas escutam repreensões de seus familiares e até de seus companheiros. O sentimento é ruim, a vontade de desistir só aumenta. Mas onde está a força? Em você! Transição é um processo difícil, não é à toa que tem esse nome, desde quando mudar foi fácil? Escute você mesma. No seu interior há uma certeza de que é essa a sua decisão. Então segure as pontas (ops, as corte!) e tenha força! Sua identidade está em jogo...
    Tape os ouvidos para as críticas desconstrutivas e enxergue o que te motivará. Não é fácil, principalmente na família. Explique seus motivos pra quem deve explicação e permaneça. Podem não te incentivar, mas, te amando, respeitarão. O resultado irá te surpreender. Se tiver dúvidas disso procure na internet vídeos, depoimentos e outras formas nas quais meninas exibiram suas transições, como cuidaram e como estão felizes  agora, completamente naturais. Nada como olhar no espelho e ver-se inteiramente bela, com essência. Você vai se orgulhar e de inspirada passará a inspirar outras pessoas! Contudo, não desista. Pense antes de responder às críticas, ou não responda. E quando elas vierem de pessoas importantes explique à elas o que sente, transpareça. Seja firme, seja forte! Você é bela, à sua maneira! Abaixo estão exemplos de sucesso. As Meninas da equipe contam seus casos de transição ou deixam dicas. Falam sobre como passaram por essa fase, como os relacionamentos (especialmente os amorosos) influenciaram e como estão agora. Se elas chegaram, você chega também. Acredita.

"A transição do meu mega cabelo alisado, maltratado pela famosa "agressiva" (proguessiva) foi bem difícil. No começo não houve apoio da família, todos achavam de extrema loucura eu cortar o meu, até então, enorme cabelo para poder deixa-lo crescer naturalmente e enfim ficar crespo (LIIIINDO!). O único que se dizia fiel à causa e apoiava, na época, era o meu ex boyfriend. Conversávamos sobre o assunto e o apoio era total, isso me motivava demais. Nos três primeiros meses, quando a situação fica bem crítica, aquela parte chatinha de transição onde tudo fica feio, ele continuo ali, me achando linda (isso era o que ele dizia pra mim). Mais alguns meses se passaram e ele terminou comigo, sem motivo algum. Depois de um tempo, conversando com amigo que temos em comum, ele me revelou que meu ex odiava a ideia de eu querer assumir o meu crespo, detestava meu atual cabelo. Poucas semanas após o término ele apareceu namorando uma menina de cabelo mega liso, liso no estilo "japinha" sabe?! Fiquei mega triste, sofri com aquilo tudo, pois não esperava sofrer preconceito de uma pessoa que era tão próxima de mim. Depois de todo esse caos, percebi que, por mais "vadio" que ele tenha sido, o falso apoio dele foi muito importante pra mim, pude perceber que o que nós tínhamos não era amor (já que espero que a pessoa que me ame, me queira por perto do jeito que sou: CRESPA!). Então é isso, minhas lindas. Entre alisar o cabelo e ter o gato de volta, prefiro ser eu! Me amar, me olhar no espelho me sentindo linda com a autoestima lá em cima, isso é essencial." 
- Estephani Peçanha

"Parece que tudo que nos faz bem ou não nos incomode, aos olhos de uns e outros parece um desgosto. Nosso cabelo é um desses fatores. Tem gente que ri, tem nojo e não entende o porquê de você não alisar ou prender esse cabelo "rim", "duro". O mais engraçado é que não consigo entender o motivo de tanta preocupação e até neura com quem se assume do jeito que é, está muito bem assim (e agora não falo só de cabelos, mas de corpo, estilo... enfim). Tem gente que aceita ou finge aceitar e tem gente que não entende por questões de ignorância. Sinceramente alguns caras são desses que assemelham cachos ou crespos, com descuido, coisa de mente pequena. O melhor a fazer é continuar sendo quem é, do seu jeito, e se não agrada ele, questione se ele gosta do seu cabelo alisado ou de você, aliás ele já não sabia que ele não era liso? Não se mostre fraca, nem triste diante disso; pelo contrário, mostre a ele o quanto você se acha e é bonita e quantas pessoas também acham isso, inclusive opiniões masculinas [risos]. Ah! Se ainda assim ele não ligar e reclamar do seu cabelo, dê uma peruca lisa pra ele e procure novos ares. Viva, livre, leve e solta!
- Manuela B. Silva

"Eu, graças a Deus, tenho total apoio da família... Meu marido até diz como ele quer, qual acessório gosta. Ele só não curte muito quando eu deixo cheio e sem cachos. Minha filha mais velha tem maior orgulho e a mais nova arruma o "blackinho" dela na frente do espelho. Só quem faz piadinhas às vezes é o meu pai, mas nada que vá me abalar; afinal, se tenho um black é por culpa dele. Acho que sou abençoada!" 
- Renata Morais

"Estou em transição há mais ou menos dois anos. Faço relaxamento nos cabelos desde os meus sete anos de idade, hoje tenho vinte e cinco. Fui escrava por dezesseis anos e um belo dia surgiu a curiosidade "como é o MEU cabelo?" Não fazia ideia. Eu imaginava um cabelo cheio, ressecado, feio, sem forma, sem jeito... olha só quantos adjetivos. E eu me surpreendi! A raiz alta não me incomodava, pois eu nunca fiz relaxamento para alisar, era apenas para estragar, digo, soltar os cachos. E a coisa foi indo, cada dia, mês que passava eu sentia mais orgulho da minha decisão e, enquanto isso acontecia, a minha família arrumava mais adjetivos para a minha "muafa", como alguns o chamam. Nesse meio tempo conheci o meu namorado e ele junto com os meus amigos são os maiores incentivadores. Até num bad hair day ele elogia o meu cabelão. Hoje eu aprendi a respeitar o meu cabelo e não há nada nem ninguém nesse mundo que me fará mudar de ideia. Não tive coragem de cortar tudo, mas assumir e enfrentar já é um grande passo. Eu até tento entender os mais velhos, afinal a ditadura da beleza castiga e acaba ditando muitas regras que ainda bem que 
estamos aqui para tentar derrubá-las."
- Dani Miranda

"Comecei minha transição por causa do erro de uma cabeleireira. Um salão tosco, relaxamento mais forte e já era um cabelão. Perdi quase tudo. Só por essa perda de cabelos eu já enfrentei reprovações. Encontrei MBP numa comunidade, conversei muito sobre cabelo crespo e tudo que lia e aprendia se misturava com a vontade de ter um cabelo meu. Toda vez que eu dizia "um dia quero ter cabelo black" alguém respondia: "acho que não vai dar", "tem certeza?". Pra eles era impossível ver alguém que usava prancha todo dia sendo crespa. Mas... eu sempre fui crespa do cabelo cheio, gente! O tempo passou, os motivos mudaram, entendi que era uma revolução de dentro pra fora e não um caso de estilo. Um dia, na escola, minha amiga cortou com tesoura de papel. Sim, de papel! No fim das aulas estava basicamente sem cabelo e com vergonha de pegar o ônibus. Minhas amigas riram, se assustaram, me emprestaram um casaco com capuz. Cheguei em casa e me escondi. No dia seguinte minha mãe e minha irmã riram de mim e pensei que meu cabelo nunca mais cresceria. Só que ao mesmo tempo sentia "o meu cabelo" de volta, sabe? Corri pra fazer tranças, usei por quase nove meses e toda vez que trocava ele estava um pouco maior. Quando resolvi ficar só com meu cabelo a casa caiu. Até dinheiro me ofereceram pra alisar de novo! Tive que encarar minha vó e ela era a pior inimiga do meu crespo. Nesse mesmo período conheci um cara que amou meu cabelo também (e olha que era só um blackinho diante do que se tornou). Tempos depois ele deixou o cabelo crescer, fez dreads... fomos um casal bem crespo. Só o fato de ele dizer que curtia meu cabelo já era mais um motivo pra encarar o máximo possível as ideias contrárias e junto com isso eu amadureci meus propósitos. Ele ficava com "raiva" quando eu cortava (e eu sou "a maníaca" da tesoura) ou desfazia os cachos, não curtiu tanto quando eu escureci novamente, mas nunca deixou de respeitar a identidade que eu carrego. De tudo isso eu entendo que vale muito mais ser autêntica. Uma hora sua família vai ter que engolir e o cara... Se ele não quiser, há quem queira."
- Élida Aquino

"Desde que me entendo por gente tenho cabelo crespo. Meu cabelo na escola era como o do Michael Jackson, bem black. Minha mãe não tinha grana para passar produtos em mim. Era bem sofrido aguentar todos os preconceitos em relação ao cabelo. No início do ensino médio, minha mãe começou a usar produtos como Hair Life. Foi quando descobri que era alérgica. O cabelo relaxado não durava nem seis meses. Vinha tudo abaixo. A dificuldade em comprar os produtos adequados também era um problema. Até que um dia minha mãe começou a usar Hair Life com creme para minimizar o efeito agressivo no couro cabeludo. Deu certo. Meu cabelo era um pouco relaxado e um pouco crespo. Em 2005 fui morar na Amazônia e, antes de ir, cortei todo o meu cabelo. Durante o tempo que fiquei por lá, tomei muito banho de rio. Impressionantemente a água do rio encrespa cabelo. Quando voltei pra casa meu cabelo estava numa textura diferente, bem crespo. Foi o máximo! Depois disso, assumi de vez o crespão. Claro que tive recaídas com o Hair Life com creme, mas foram poucas vezes. Quando isso acontecia, ficava com raiva e trançava o cabelo, mas depois o black voltava. Nessas idas e vindas o black ficou de vez e de todas as formas: com trança, estilo couve-flor, estilo diva e estilo curtinho. Só sei que há anos amo meu cabelo natural, mas principalmente porque eu aprendi a cuidar dele e a buscar referências. Nesse processo todo, sempre tive muito apoio das pessoas que eu amo, 
o que deu mais segurança."
- Mary Marques

"Desde os quinze anos fazia relaxamento, sempre gostei muito do volume, mas tinha que fazer a raiz pra domá-lo. Só que resolvi entrar para o mundo das progressivas e esse foi meu erro. Comecei a fazer, e os cachos indo embora. e o cabelo muito comprido... Não sabia mais o que fazer. Ou cortava tudo ou continuava na escravidão da chapinha e alisamentos. Cortar os cabelos nem pensar! Então continuei, alisando e pranchando. Nunca ficava satisfeita com ele liso, mas era o jeito. Sempre mostrei minha insatisfação. Apesar de todos acharem bonito o meu cabelo liso, eu não achava. Meu marido sempre gostou do meu cabelo crespo, foi uma das primeiras coisas que ele observou em mim, ele diz isso sempre [risos]. Quando falei em cortar o cabelo todo, ele na hora disse que eu podia cortar se eu estava certa disso, podia fazer sim. Sempre me apoiou, a família e amigos não, eles não me apoiaram, falaram que eu estava louca querendo ter aquela cabeleira de novo. Porque isso e aquilo, blá, blá! Depois que viram que não tinha jeito mesmo, aceitaram na boa. A minha própria opinião  e o apoio do marido veio direto com o primeiro corte, primeiro até os ombros e na segunda semana abaixo das orelhas e daí pra cá curtinhos, já indo para o sexto mês e com força total! Atitude, meninas! Só assim seremos completas."
- Suzy Carvalho

"Escovas, pranchas, alisamentos... E onde fica minha liberdade nisso tudo?! Esse foi o pensamento que me levou a dar uma basta no liso. Um liso falso, fabricado, lindo, mas que não era meu. A decisão estava tomada, mas foi duro, foi com muitas lágrimas. Comecei o processo de transição abolindo a escova,  prancha, química e com um primeiro corte. Esse foi o período mais chato, cabelo sem forma, não enrolava e nem alisava. Depois de três meses, fiz um segundo corte, fiquei com dois dedos de raiz, parecia um "menininho". Esse foi o período do choque e de suportar os comentários de que eu  estava louca e tudo mais. Ao longo do processo o cabelo ia crescendo e ficando mais cheio. Nesse momento pesquisava muito e via muitas fotos, pois ainda precisava me afirmar. Reformular a mente é complicado, aceitar que seu cabelo é crespo e é lindo assim, mais ainda. O preconceito existe... É fato! Quando vou me preparar para festas, casamentos, sempre me perguntam se não vou alisar, sempre. Mas a resposta é sempre a mesma: porque eu faria isso? Estou tentando abandonar a química, dando intervalos bem longos, mas sempre tem alguém pra falar: "você precisa fazer o cabelo", "precisa se cuidar", "está casada agora". Ignorar os comentários e os olhares é difícil demais pra quem esta começando. Eu sempre achava que se estavam rindo e olhando era do meu cabelo. Hoje não ligo, o cabelo é meu. Para quem está em transição a mensagem é: seja firme agora e depois, não se renda as opiniões pré-concebidas. Seja livre e muita força no black. 
Mudar é possível e preciso."
- Cintia Masa

    Agradecemos aos familiares, amigos e amores que conseguem compreender e dar suporte nos momentos de transição. Se você é dos que não conseguem aceitar e ajudar, reflita um pouco e pense o quanto essa ajuda é preciosa. E você, crespa linda? Quer mais inspiração? Então venha com Raquel e Toni. Esse casal "é massa" e entende do assunto.