por Karina Vieira
Foto: acervo pessoal |
Por muito tempo as meninas negras não
encontravam maquiagem adequada para o seu tom de pele e pra poder se maquiar,
faziam "misturinhas" ficar o mais próximo possível do tom da pele negra.
Jennifer Ayallem é dessas que há tempos vem subvertendo o que está imposto, ajudando a mulher negra a ficar cada dia mais bonita, além dela mesma ser maravilhosa, como
podemos ver aí em cima, não é mesmo?! Conheçam mais dessa linda.
MBP - Quem é você?
Jennifer Ayallem - Sou Jennifer Ayallem, 20 anos. Moradora da zona oeste e maquiadora. Mulher, negra, gorda, observadora e determinada!
Foto: acervo pessoal |
MBP - Como deu a descoberta da sua negritude?
JA - Descobri quando pequena, mas a autoaceitação de fato veio na adolescência, quando resolvi libertar meu crespo da Guanidina e usá-lo natural. Mas foi bem complicado. Era bem difícil encontrar representatividade. Que eu lembre, nunca tive uma boneca negra para olhar e dizer "nossa, ela parece comigo".
MBP - O que te levou a escolher a sua profissão?
JA - Foi no colegial. Sempre fui bem moleca, gorda e as pessoas duvidavam da minha sexualidade. Comecei a me maquiar para provar o contrário para as pessoas. Também por não me sentir uma pessoa atrativa, fora do padrão e motivo de chacota. Com o passar do tempo vi que eu não precisava provar nada para as pessoas, mas já estava apaixonada pela maquiagem. Ao longo do tempo senti uma dificuldade enorme em encontrar o tom da minha pele, minhas bases sempre acinzentavam e coloquei na minha cabeça que trabalharia como maquiadora para ajudar pessoas como eu. Nada melhor que você se sentir maravilhosamente maravilhosa [risos].
MBP - Como foi o caminho da sua graduação?
JA - Eu ainda não fiz faculdade. Fiz cursos de maquiador no SENAC, FAETEC e Embelleze, mas aguardem a futura esteticista!
MBP - Quem são as pretas e pretos que te inspiram?
JA - Ellen Oléria, Stacey, meu amor vulgo Jalmyr Vieira e minha mãe.
MBP - Quem é aquela mulher preta que você conhece e quer que o mundo conheça também?
JA - Roseneia Correia.
MBP - Na sua trajetória profissional o quanto avançamos e o que ainda temos que avançar?
JA - Avançamos em criações e ocupando espaços, mas a caminhada é longa. Em relação à maquiagem, há bastante produtos com o custo alto, mas para trabalhar vale a pena o investimento. Temos um acesso melhor a produtos da nossa tonalidade, mas não é o suficiente, ainda há muita coisa para conquistar.
MBP - Como você lida com a sua estética negra?
JA - Eu costumo lavar e dar hidratações caseiras uma vez na semana, não é sempre que vivo maquiada, mas quase sempre estou mais maravilhosa que sou.
JA - Descobri quando pequena, mas a autoaceitação de fato veio na adolescência, quando resolvi libertar meu crespo da Guanidina e usá-lo natural. Mas foi bem complicado. Era bem difícil encontrar representatividade. Que eu lembre, nunca tive uma boneca negra para olhar e dizer "nossa, ela parece comigo".
MBP - O que te levou a escolher a sua profissão?
JA - Foi no colegial. Sempre fui bem moleca, gorda e as pessoas duvidavam da minha sexualidade. Comecei a me maquiar para provar o contrário para as pessoas. Também por não me sentir uma pessoa atrativa, fora do padrão e motivo de chacota. Com o passar do tempo vi que eu não precisava provar nada para as pessoas, mas já estava apaixonada pela maquiagem. Ao longo do tempo senti uma dificuldade enorme em encontrar o tom da minha pele, minhas bases sempre acinzentavam e coloquei na minha cabeça que trabalharia como maquiadora para ajudar pessoas como eu. Nada melhor que você se sentir maravilhosamente maravilhosa [risos].
MBP - Como foi o caminho da sua graduação?
JA - Eu ainda não fiz faculdade. Fiz cursos de maquiador no SENAC, FAETEC e Embelleze, mas aguardem a futura esteticista!
MBP - Quem são as pretas e pretos que te inspiram?
JA - Ellen Oléria, Stacey, meu amor vulgo Jalmyr Vieira e minha mãe.
MBP - Quem é aquela mulher preta que você conhece e quer que o mundo conheça também?
JA - Roseneia Correia.
MBP - Na sua trajetória profissional o quanto avançamos e o que ainda temos que avançar?
JA - Avançamos em criações e ocupando espaços, mas a caminhada é longa. Em relação à maquiagem, há bastante produtos com o custo alto, mas para trabalhar vale a pena o investimento. Temos um acesso melhor a produtos da nossa tonalidade, mas não é o suficiente, ainda há muita coisa para conquistar.
MBP - Como você lida com a sua estética negra?
JA - Eu costumo lavar e dar hidratações caseiras uma vez na semana, não é sempre que vivo maquiada, mas quase sempre estou mais maravilhosa que sou.
MBP - O que é representatividade pra você?
JA - Representatividade é poder me ver em outras pessoas, ir contra todo esse padrão estético racista e conquistar meu espaço, ser orgulho e motivo de incentivo para meus irmãos.
JA - Representatividade é poder me ver em outras pessoas, ir contra todo esse padrão estético racista e conquistar meu espaço, ser orgulho e motivo de incentivo para meus irmãos.
Conheçam o trampo
da Jennifer aqui.
Arrasou como sempre #FãDeCarterinha .. Somos negras com muito orgulho , somos gorda sim , porque não !
ResponderExcluirArrasou como sempre #FãDeCarterinha .. Somos negras com muito orgulho , somos gorda sim , porque não !
ResponderExcluirEssa preta,gorda,dona desse Black bafonico é maravilhosa em tudo!
ResponderExcluirÓtima cunhada, amiga,filha e uma ótima tia!
Divei demais na festa de um ano do meu filho.não preciso dizer que é uma ótima maquiadora !