Archive for março 2013

MBP TESTOU - FINALIZADORES

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    O que seria de nós sem os nossos finalizadores??!! Creme para pentear, creme sem enxágue, after shower, máscara multifunções, são os nossos aliados diários para um penteado bonito e uma continuidade ao nosso tratamento. De vários tipos, preços, funções e resultados, temos uma infinidade de finalizadores no mercado. Separei quatro finalizadores que amo, são ótimos, variam de R$5 à R$20* e você pode encontrar fácil, fácil!


Kolene - Manga e Colágeno (300ml, R$5 em média)

     Esse é o mais baratinho do meu quarteto. É indicado para cabelos secos e quebradiços, promete (e cumpre!) maciez, uma cabelo sedoso e hidratado. Esse creme de pentear deixa o cabelo macio, os cachos definidos o dia inteiro e reduz o frizz. Não promete a redução do volume o que nós não queremos de fato.




Haskell Cosmética Natural - Quina Rosa (250g, R$15 em média)

    Eu adoro os produtos da Haskell! São feitos com matéria prima brasileira, preço razoável e proporcionam um resultado incrível! Esse finalizador, na verdade, é uma máscara de multifunções que pode ser usada como condicionador, creme de hidratação e creme de pentear. Como creme de pentear ele modela os cachos, deixa um brilho maravilhoso, um cheiro incrível (na minha opinião, gente!) e ele forma um filme protetor contra os agressores externos do dia-a-dia. Ele diz que reduz o volume, mas eu não sinto essa ação nos meus cabelos.



Haskell Cosmética Natural - After Shower Hidratação Máxima (240g, R$21 em média)

    Mais um produto da Haskell! Esse possui cupuaçu, manteiga de Karité e protetor solar na sua fórmula. Ele tem a consistência de uma manteiga, deixa os cachos definidos e o melhor: pode ser usado antes do secador! Se você gosta de ativar os seus cachos ou aumentar o volume do black com a ajuda do secador, esse produto é o ideal. Ele retém a umidade e melhora a aparência das pontas mais ressecadas.


Destak (linha profissinal) - Brilho & Cachos da (500ml, R$20)

   Também é termo ativado, desembaraça muito bem, define os cachos e tem um cheiro de melancia delicioso! Eu ainda não vi esse produto sendo vendido em farmácias ou lojas de produtos de salão, mas ele pode ser achado em salões de beleza.  




    Bem meninas é isso! Outra dica é beber muita água se alimentar bem e ser feliz. No meu próximo post vamos falar sobre o que usar para dar brilho após o penteadoBeijos, Simoni.


MBP TESTOU - G GELATINA, RELAXANTE NATURAL E ATIVADOR DE CACHOS LINHA CACHOS

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por Grupo de Trabalho Moda e Beleza
   Olá, meninas. Sou a Twylla e hoje vou falar sobre meus três produtinhos queridos da Capicilin: G Gelatina, Relaxante Natural da linha Redutor de Volume e o Ativador de Cachos da linha CachosOs três têm a aparência de um gel líquido.

1. G Gelatina
    É o meu preferido, pois ao passar nos fios, dá a impressão de deixá-los mais hidratados. Ele é o que tem a fragrância mais fraca, quase sem cheiro e é totalmente transparente. Deixa um brilho maravilhoso. Os cachos ficam mais abertos e permanecem por pelo menos três dias sem frizz. Uma unidade de 250 ml dura de 20 a 30 dias, usando duas vezes por semana, pois ele se espalha bem nos fios, sem a necessidade de muitas aplicações.



2. Relaxante Natural
    É o segundo preferido. Por ter o cabelo com três texturas (3C, 4A e 4B), as partes que são 4B têm maior dificuldade em formar cachos e são mais ressecadas, então o Relaxante Natural não cumpre com o papel de defini-los como desejo. Ele tem a fluidez mais espessa que do G Gelatina e é de cor alaranjada, tem a fragrância cítrica. Após um ou doois dias, o cabelo começa a soltar um pozinho branco, mas não fica aparente. Se mexer muito no cabelo é perceptível na roupa. Porém, ele segura mais o cacho, por até uns quatro ou cinco dias sem frizz. Uma unidade de 300 ml dura de quinze a vinte dias, usando duas vezes por semana. Mesmo sendo mais grosso, precisa de mais de uma aplicação.

3. Ativador de Cachos
     Dos três é o que menos define. Tem a espessura mais líquida e é de cor esverdeada, bem clara. Geralmente o uso junto ao G Gelatina para segurar mais os cachos. Uma vantagem é que ele deixa o cabelo bem brilhoso. Sua fragrância é mais adocicada, mas bem sútil. Uma unidade de 250 ml dura de vinte a trinta dias, usando duas vezes por semana, utilizando junto com o G Gelatina. 

- Como apliquei:
      A forma de aplicação é mecha a mecha, enluvando e separando os cachos.
Todos eles deixam o cabelo com um brilho molhado. Quando úmido, reduzem bem o volume, mas após secar dá pra manusear os cachos deixando o afro mais volumoso.

Comprei os 3 na Sumirê do Tatuapé, em São Paulo. O G Gelatina é bem complicado de se encontrar, mas nessa loja sempre tem. 

CRESPAS, (DES)CRESPAS E “ENCRESPANDAS”

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Foto: Allisom Valentim
    Liberdade. Foi a palavra e o sentimento que me fez começar a pesquisar e a perceber mais mulheres que tinham cabelos crespos, usando-os livremente e sem nenhuma química. Olhava mais pessoas na ruas, notava cada vez mais um movimento crescendo. As pessoas não tinham mais medo ou vergonha de lidar com seus cabelos naturais.
   E esse assunto me pegou mesmo. Fiquei apaixonada por cabelos crespos, mesmo sem cabelo eu adorava o meu e adorava mais ainda ver pessoas crespas nas ruas. Isso significava mudança de mundo, mudança de pensamento, a visão bela do cabelo crespo.
    Me dediquei a escrever aqui e a pesquisar mais sites, blogs e lugares, nos quais eu poderia compartilhar e saber mais sobre esse assunto. Cada vez mais via as mulheres pelo mundo afora e principalmente aqui no Brasil, se descobrindo com seus novos/velhos cabelos. O resgate das tranças, a arte passada de mãe para filha, quase que por oralidade, feito as histórias africanas... o resgate não só da beleza negra, mas também de sua história, percurso.

  Percebi somente falando e escrevendo sobre isso, cada vez mais pesquisando e me alimentando dessa ideia. Há tempos que penso em mudar o mundo, e finalmente me identifiquei com um assunto que poderia de fato mudar alguma coisa na história em que vivo. Por mais que visse a mudança acontecendo lá fora, queria ver mais ações aqui no Brasil e encontrei aos poucos coletivos como, o Manifesto Crespo, Meninas Black Power e o Projeto Raiz Forte. Todos já descritos aquiQuase sempre formado por mulheres que de alguma forma se reencontraram em suas formas crespas e conseguiram fazer com que mais pessoas discutissem suas ideias.

Beleza baiana do Cortejo Afro Ilê Aiyê
    Recentemente fui pela primeira vez à Bahia, e lá consegui ver o que há tempos procurava: o orgulho negro, estampado em todas a formas possíveis. Vi mulheres sentadas nas ruas do Pelourinho, trançando, embelezando seus cabelos crespos.
   Pesquisando sobre isso, sobre como as pessoas conseguem de alguma forma transbordar a sua beleza para o mundo, acabei encontrando dois fatos, coisas que acontecem lá nos Estados Unidos e que sinto falta aqui no Brasil. Bem sabemos que a história negra, com todo a sua riqueza e sofrimento, foi e é diferente aqui no Brasil e nos EUA. Que lá eles lidaram de forma diferenteMas acabei achando duas manifestações estéticas sobre cabelo crespo que se completam.

    A primeira foi o Heat - Free Hair Movement, uma empresa que se especializou em produzir apliques de cabelo crespo para mulheres negras que desejam aumentar seus cabelos sem ter que alisá-los, ou seja, que ele fique grande, mas que não perca sua forma crespa. Aí parei para pensar em toda essa manifestação de cultivar o cabelo natural. Eu mesma achava que cabelo natural era somente ter e manter o "seu" cabelo crespo. Sem mais nada. Acabei vendo que não precisa ser assim, podemos querer ter o cabelo maior, e o que mais me chamou a atenção, foi que as mulheres mudaram a sua forma de pensar e que agora procuram por apliques crespos, bem crespos, que os acham bonito. A estética mudou de verdade. E fuçando mais a fundo, hoje encontrei um salão de beleza, também americano, lá do Texas que só trata o cabelo crespo naturalmente, sem química. O Natural Resources Salon. A mesma sensação de beleza negra e crespa sendo mostrada.
    Parei para pensar novamente e vi o que essas duas empresas têm em comum: a exaltação da beleza crespa e negra, um campo específico para o tratamento dos cabelos crespos de mulheres que optaram em serem naturais. Tanto uma como a outra, prestam serviços para esse tipo de público, que é específico e que cresce cada dia mais.
    Os produtos oferecidos fortificam a beleza crespa e negra, tanto nas suas fórmulas, como também na sua comunicação. Imagens de diferentes mulheres, sempre negras, com suas tranças, dreads e blacks. Sempre crespas.

     Exibida recentemente, a novela Lado a Lado ajudou a representar melhor os negros na mídia, surgem matérias cada vez mais voltadas para o público negro, mas ainda poucos têm acesso. 
     Proponho então que o crespo seja uma questão de livre de escolha, que você, negro ou não, possa usar seu cabelo crespo livremente. Que as crianças de hoje e as que ainda estão para nascer possam entender e escolher o cabelo que querem usar. Que você, principalmente mulher negra que queira alisar sinta-se a vontade para fazer e que tenha suporte para fazer isso saudavelmente e que principalmente, você mulher crespa, possa encrespar cada vez mais e que se sinta representada.
                                                               Via Favela Fina








EVENTOS MBP - SOU LADIES

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   E o coletivo MBP foi bater o cabelo na Sou Ladies, que homenageou todas as mulheres, em especial a Nega Gizza. O evento foi uma produção Sou Rapper e teve a colaboração da nossa Queen Odara #teamMBP.
   No palco a mulherada representou. Estiveram por lá as rappers Sistah e Negra Rê, e um grupo que fez um mix de rap e soul muito bacana, as Ladies Gangs. Agitando a pista teve DJ Pretinha, DJ Tamy e a DJ Flávia Xexéo, com os melhores setlists. Acalmando a galera tiveram as maravilhosas Karla Silva e Nina Black, que fizeram um lindo dueto que arrepiou a todos com suas belíssimas vozes. Ah! E não podendo esquecer as Meninas do Rio, que foi BA-BA-DO! Elas são um grupo de percursionistas fantástico, que tocam e dançam ao mesmo tempo que esbanjam atitude. Foi sinistro ainda mais: a base era a Beyoncé, né?! E sabe o que tinha por lá ? Stand e trançadeira do Crewolada. Eu que não sou fraca, aproveitei e fiz uma trança super #afrobaphônica!
   Como todo evento black, tinha muuuuuita gente bonita, com seus belos looks, lindos penteados e seus passos mais que ensaiados. Bom, ficamos por aqui e que venham os próximos eventos. Babem nas fotos! 



COISA NOSSA - NESSA FESTA VAI TER ZOEIRA

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   Já diziam os Los Hermanos que "todo carnaval tem seu fim" e nós concordamos, mas não poderíamos deixar passar algo que nos chamou atenção e vale a pena o post. 
     A escola de samba Império da Tijuca foi a campeã da Série A – antigo grupo de acesso - do carnaval carioca de 2013 e conquistou o direito de retornar, no ano que vem, ao grupo Especial, onde esteve pela última vez em 1996. 
      Bem, você deve estar se perguntando: "O que o Meninas Black Power tem a ver com isso?" A gente te responde: TUDO! Esse ano a escola do morro da Formiga veio homenageando as mulheres negras em vários momentos da história. O enredo "Negra, Pérola Mulher", do carnavalesco Junior Pernambucano, além do campeonato pra escola, trouxe muita emoção, beleza e orgulho pra quem viu e participou do desfile. 
    A escola contou das guerreiras africanas, feiticeiras, atrizes, escritoras,  até as personagens marcantes como Mercedes Baptista, que foi a primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. 
    A comissão de frente, coreografada por Junior Scapin, era formada apenas por mulheres negras, vieram representando guerreiras africanas e além de ganhar aplausos, ganharam premiações pela coreografia marcante e impressionante. Sobre isso, Lais, uma das participantes da comissão de frente, diz: "Foi uma experiência incrível na minha vida profissional. Primeiro por ter sido a primeira comissão de frente que fiz no grupo A, que é de extrema importância no carnaval. Me senti lisonjeada pela oportunidade que Jr. Scapin me deu nesse ano. Além de ter tratado de um enredo simplesmente fabuloso, que sãos as mulheres negras, a escola ainda foi campeã do carnaval 2013. Tem coisa melhor? Tenho sentimento de dever comprido e muito bem feito. Tudo isso é graças ao Jr., sem ele nada seria de grande impacto como foi. Foi extremamente INCRÍVEL!"
       Abaixo o link do desfile para quem não viu:






NÃO, NÓS NÃO TEMOS O CABELO DE BOMBRIL!

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    Volta e meia, me lembro dos anos 80: da minha infância recheada de bullying racista. O meu cabelo era tachado sempre como sujo. Por eu ter um "jubão", me chamavam de "piolho", por terem a certeza que um cabelo cacheado e cheio não tem dignidade de ser limpo e bem cuidado. Depois começaram a me chamar de cabelo de vassoura e de Bombril... Dá pra perceber que todos os apelidos tem uma ligação? Eles nada se parecem entre si, mas tem uma interseção: a sujeira. O piolho vem da falta de cuidado, a vassoura e o Bombril são sujos, de tanto limpar resíduos e poeira.
     Depois de muita luta e conscientização social, o racismo foi criminalizado e não mais fui tachada por esses adjetivos pelos coleguinhas, verbalmente. Mas, pra meu espanto, depois dos meus 30 anos de idade, com muitas teorias (de que não existe essa coisa de cabelo ruim, que não tem cabimento ofenderem o meu cabelo, já que ele não fez nada pra ninguém), me deparo com um bullying midiático, oriundo da minha área profissional, que é ditadora: a maldita da moda!
    Essa área que "super me aceita" por eu ter um cabelo "black power", mas que acredita que mantenho esse estilo com superficialidade, por pura referência estética e como passaporte pra muito "close". Mal sabem eles que o meu cabelo é identidade... E mal sabia eu que eles acham o meu cabelo ruim e de Bombril, como os meus coleguinhas dos anos 80. Só que esse pessoal não está nos corredores das escolas, nem parados nas ruas, fazendo piadinhas de mim. Esse é o pessoal que dita o estilo das passarelas e fala diretamente pra mídia que quer me homenagear com a palha de aço, pois o meu suposto cabelo ruim é um mega conceito estrutural
    Sim, gente. Foi com isso que me deparei na matéria super fofa e descolada sobre o desfile do estilista Ronaldo Fraga. O stylist jurou que homenageou os negros com o cabelo de Bombril e ainda disse: "A palha de aço mostra que o suposto cabelo ruim é na verdade uma escultura em potencial".
    Esse rapaz se esqueceu que existe gente que luta diariamente pra aceitar os seus fios por terem acreditado a sua vida toda que esses "lamberiam" com o fogo, que o cabelo teria só serventia "pra arear" panela. Ele esqueceu de pesquisar que muitas pessoas ainda são dependentes de escovas progressivas, alisamentos e chapinhas pra se sentirem melhores e mais "gente". E muita gente por conta disso perde o cabelo, se mutila, fica doente física e psicologicamente.
    Muito obrigada, mas não preciso dessa sua homenagem. Não quero esse bullying racista hype... O dia que a moda entender que a questão de valorização do povo negro não é só estética e musical, que existe causa, sangue, suor e lágrimas em toda nossa conquista e que existe consumidor negro que pode boicotar uma marca dessas... O dia que tiverem consciência de tudo isso, vão parar de rir das nossas mazelas, com os aplausos e sorrisos VIPs da primeira fila. Por uma moda mais inteligente e menos alienada! Por uma moda mais humana! É esse o meu desabafo.










“ESSE POST FAZ PARTE DA BLOGAGEM COLETIVA PELO DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL, UMA INICIATIVA BLOGUEIRAS NEGRAS.”


NOTA DE REPÚDIO AO TROTE RACISTA E SEXISTA NA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG

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     "A Humanidade, se fosse uma pessoa, envergonhar-se-ia de muita coisa de seu passado; passado este que contém muitos episódios verdadeiramente abjetos. Enquanto humanos, faríamos minucioso inventário moral de nós mesmos; enquanto partícipes do que convencionamos chamar "humanidade", relacionaríamos todos os grupos ou pessoas que por nossas ações e omissões prejudicamos e nos disporíamos a reparar os danos a eles causados.
    Vigiaríamos a nós mesmos, o tempo todo, para que individualmente e enquanto grupo,  não repetíssemos nossos vergonhosos e documentados erros. Pais conscienciosos, ensinaríamos as novas gerações os novos e relevantes valores morais que tem de pautar nossas condutas, palavras e intenções.
    Dois desses episódios, chagas profundas e fétidas de nosso passado humano,  são a escravidão e o nazismo. No primeiro, tratamos outros seres humanos como inferiores;  os açoitamos; os forçamos ao trabalho; os ridicularizamos (dizendo que eles eram feios, sujos, burros, seres humanos mal acabados e não evoluídos);  procuramos destruir seus laços com a terra amada, sua cultura, sua língua; dissemos que eles não tinham alma enfim. No segundo não era diferente; mesmas ações, alvos expandidos: pessoas negras, judeus, homossexuais. Todos tratados com o mesmo desrespeito.
    O tempo passou e como as chagas permanecem, fizemos um meio-trabalho: criamos leis. Leis como a 7.176/89, que qualifica o crime de racismo e depois a Lei  9.459/97 (que inclui o parágrafo 1 no artigo 20 da já referida Lei 7.176/89, mencionando a fabricação e uso de símbolos nazistas). Infelizmente, nem mesmo a força da lei tem sido suficiente.
      O  que vemos é, em toda parte, ressurgirem graves violações dos Direitos Humanos outrora perpetrados. O que seria motivo de vergonha vem ganhando o espaços públicos, por meio de recursos custeados pelo Estado; um Estado que se auto declara 'Democrático de Direito'; um Estado que tem como fundamento a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (inciso III do artigo 1 da Constituição de 1988).
     Sim, foi isso mesmo o que você leu: na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alunos do curso de Direito (sim, um curso cujo objetivo é formar profissionais que serão essenciais à Justiça e à defesa desse propalado Estado Democrático de Direito) fizeram um trote onde, sob a desculpa de fazer piada usaram saudações nazistas e representações racistas e sexistas.

   A notícia, amplamente divulgada na mídia, vocês podem ler aqui: 
http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2013/03/18/trote-com-saudacao-nazista-provoca-acusacoes-de-racismo-na-ufmg.jhtm
     Mas não é só: infelizmente nesses últimos meses, tomamos contato com episódios igualmente repulsivos ocorridos em universidades: na Politécnica (Faculdade da Universidade de São Paulo, também mantida com recursos públicos), vimos alunos divulgarem uma gincana, onde uma das "provas" era algo cometer assédio sexual.

      E isso logo após alunos de uma outra Universidade (também da USP, na cidade de São Carlos) , agredirem manifestantes que criticavam um trote que vilipendiava a imagem feminina.

   Todas essas condutas, perpetradas por alunos que deveriam estar recebendo instruções aptas a torná-los profissionais e cidadãos mais éticos (afinal, é para isso que todos os cursos contém em suas grades a matéria denominada "ética"), mostram que beiramos a um perigoso retrocesso no quesito "Direitos Humanos". 
      Sendo os Direitos Humanos imprescritíveis, inalienáveis, irrenunciáveis, invioláveis e universais, efetivos e interdependentes, não pode haver NENHUMA tolerância a qualquer ato ou gesto que os ameacem.
       E é por isso e também por tais atos (perpetrados nas três universidades citadas) constituírem verdadeiro incentivo à propagação de discursos preconceituosos e de ódio, é que os coletivos assinam a presente nota de repúdio, esperando que autoridades constituídas tomem as providências cabíveis para apenar exemplarmente os responsáveis. Leis para isso já existem; mas para que os direitos ganhem efetividade é preciso sua aplicação.
       Esperamos também que as pessoas que lerem a presente também façam um reflexão sobre o rumo que nossa Sociedade está tomando. Não queremos o retrocesso. E se você compartilha conosco desse sentimento, dessa vontade de colaborar com a construção de uma Sociedade melhor, não se cale.
      Nós somos negros; nós somos mulheres;  nós somos gays; nós somos lésbicas; nós somos transsexuais; somos nordestinos; adeptos de religiões minoritárias. Somos as minorias que diuturnamente temos de conviver com o menoscabo de nossas imagens; com atos que naturalizam a violência;  que criam verdadeira cisão entre Humanos; que reabrem as chagas e as fazem sangrar. E nós não vamos nos calar. O estandarte, escudo e espada emprestaremos da Themis, a deusa da justiça; usaremos a lei e  exigiremos o seu cumprimento.
     Aos estudantes de Direito que fizeram uma tal "brincadeira" repulsiva, lembramos: "Ubi non est justitia, ibi non potest esse jus" (Onde não existe justiça não pode haver direito)."

Assinam o presente,
- Meninas Black Power


COISA NOSSA - CRONOGRAMA CAPILAR

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   Desde o momento que assumi os meus cabelos crespos assumi também a responsabilidade de tratá-los com dedicação. A busca por um bom xampu e condicionador, uma boa máscara de hidratação ou um bom finalizador será eterna para nós que amamos nosso blacks! Com isso, comecei no ano passado a fazer, quando percebo que meu cabelo está danificado, um cronograma capilarNo meu caso, elejo um mês de tratamento intensivo com hidratações duas vezes por semana, uma nutrição semanal e uma reconstrução quinzenal. Esse cronograma devolve o brilho e a força que precisamos para sacudir a nossa cabeleira saudável por aí. Vou dividir com vocês os produtos que eu uso no meu cronograma, as minhas impressões que eu espero ser útil para vocês. Vamos lá!

- Hidratação
Hidratar é dar água aos cabelos. E, como água é vida, essa etapa do cronograma capilar é muito importante. Após lavar os cabelos com xampu, aplicar a máscara de hidratação e deixar agir conforme orientação do produto utilizado. Eu tenho duas máscaras que são as minhas queridinhas para essa etapa do cronograma. A primeira é a CliniHair da Niely Gold – Reparação Absoluta. Essa máscara é incrível! Ela vem em um pote de 800g, tem um cheirinho super gostoso e custa em média R$14. Ela hidrata muito bem o cabelo em apenas 10 min. Ela promete (e cumpre!) recuperação dos fios danificados, maciez, saúde e brilho. Você acha essa preciosidade em farmácias e supermercados. A minha outra preferida é a Máscara Hidratante Nutri Cachos da Bioextratus. Ela tem em sua composição colágeno, Aloé Vera e D’Pantenol (tudo que nossos cabelos adoram!). Tem um cheirinho bom, e ao aplicar essa máscara nos cabelos, você sente a hidratação imediatamente. Você pode achar essa máscara em lojas de produtos de cabelos e ela custa em média R$15. (No Rio de Janeiro)

- Nutrição
Nutrir é a repor lipídeos em nosso cabelo. Os lipídeos são importantes para que os cabelos não quebrem. Deixam os nossos cabelos mais fortes e resistentes. O creme de nutrição que eu uso no meu cronograma é da Avon- Maroccan Argan Oil da linha Advance Techniques. Quem já usou algum produto dessa linha sabe o quanto os produtos são bons. Essa máscara de nutrição é bem consistente, cheirosa e nutre nossos cabelos por um preço honesto (custa em média R$12).

- Reconstrução
Reconstruir é reparar profundamente a fibra capilar que está desvitalizada. Ela finaliza o processo de hidratação e nutrição deixando o cabelo forte e cheio de vida. Como a reconstrução é um processo que age profundamente é recomendável a aplicação quinzenalmente ou até mensalmente dependendo da condição do seu cabelo. Muita reconstrução pode ser prejudicial ao seu fio!!! A máscara reparadora que eu tenho, foi um investimento que eu não me arrependo de ter feito. De fato ela é uma máscara cara, mas que vale cada centavo pelo benefício que ela traz aos meus fios. É a Absolut Repair da L’oreal Professional. Ela custa em média, aqui no Brasil, R$155 o pode de 500g. Tem um cheiro suave, tem a consistência de uma manteiga e com um pouco de produto aplicado somente no comprimento dos cabelos, você sente seu cabelo mais forte e nutrido.



COMO USAR AZEITE NO CABELO NATURAL

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por Grupo de Trabalho Moda e Beleza

  Há algum tempo os preconceitos com o azeite aplicado nos cabelos está sendo esquecido. Além disso, Meninas crespas compreendem cada vez mais a eficácia e benefícios que o azeite de oliva de boa proporciona, inúmeras vezes substituindo ou sendo aliado aos produtos cosméticos.
  O texto a seguir é uma adaptação do texto excrito por Samantha Berley e foi retirado do blog Black Girl With Long Hair. Para complementar, adicionamos vídeos nacionais que demonstram como  podemos inserir o azeite em nossa rotina de cuidados.

    O azeite é um condicionador fantástico para cabelos, mas há muitas outras coisas sobre este óleo essencial que o tornam um grande aliado no cuidado do cabelo. Ele contém emolientes que podem penetrar o cabelo melhor do que em outros produtos e sua natureza leve o torna ótimo para hidratação. O azeite de oliva também contém propriedades anti-inflamatórias que promovem a saúde do couro cabeludo e previne a caspa. Ele possui altos níveis de ácidos graxos mono-insaturados e vitamina E, um antioxidante importante para o crescimento do cabelo. Além disso, é pouco provável que ele cause uma reação alérgica, tornando-o ideal para o couro cabeludo mais sensível.

Faça você mesma - Tratamento capilar com azeite
   Outro grande coisa sobre o azeite é que é uma forma barata e fácil de hidratar o cabelo. Aqui está uma opção simples de tratamento com ele e você pode fazer para alcançar um cabelo bonito tratado em casa. Comece aquecendo cerca de meia xícara de azeite de oliva em uma tigela para microondas ou copo. O azeite deve ser quente, mas não quente de uma forma que queime ao tocar. Se você tem cabelo fino ou preferem um tratamento mais leve, adicione óleo de amêndoa doce, óleo de coco, de jojoba*. Despeje uma colher de sopa do azeite aquecido, misturado ou não, na palma de suas mãosComece pelo couro cabeludo, massageando com o em movimentos circulares com os dedos. Conclua enluvando a extensão e pontasExagera na quantidade de óleo aplicada na extensão e depois coloque numa touca de plástico, térmica, ou envolva com filme plástico. Deixe agir num tempo de entre 5 e 45 minutos, depois enxague, aplique o shampoo de costume e condicione.

Com o cabelo seco ou molhado?
   Algumas mulheres preferem aplicar no cabelo molhado e depois de condicionar, outras no cabelo seco. Se o cabelo estiver molhado e condicionado, irá bloquear os nutrientes e a hidratação adicional que o azeite vai trazer. Nesse caso há desvantagem, já que o será mais difícil aplicar o azeite por causa do estado escorregadio dos fios. Há muitas recomendações de executar esse processo no momento do banho, permitindo que o vapor aja e melhore os efeitos do azeite no cabelo. 

Azeite misturado aos produtos capilares 
     Embora existam outros óleos mais populares para os cabelos, o azeite é bem conhecido como um ingrediente culinário e fácil de obter em qualquer supermercado. Para o alimento e para o cabelo, ele tem sido usada desde os primórdios das civilizações, desde a Mesopotâmia, Egito Antigo e na Grécia. Não é de se admirar, então, que o azeite é encontrado em uma variedade de produtos para os cabelos, já que penetra na cutícula do cabelo para que a hidratação e nutrientes necessários sejam absorvidos, deixando o seu cabelo não só mais suave, como também mais brilhante e saudável.
* Óleos essenciais puros, preferencialmente.