DREDAR OU NÃO DREDAR: EIS A QUESTÃO



  Salve, salve, "aspretaTUDO"! É meu primeiro post aqui no MBP, mas já estou na casa quando o assunto são nossos cabelos: não é de hoje que me insPIRO nas irmãs, em nós, na nossa ancestralidade.
  Para quem ainda não me conhece, para quem ainda não me leu, eu sou Fernanda Moraes, jornalista, uma preta sempre em movimento que se libertou da química há, exatos, 6 anos e resolveu dredar o cabelo.
   Sim, entrei no salão e disse: "Jô, dreda tudo!" E a Jô achou que eu estava blefando. Me mandou voltar 15 dias depois achando que fosse desistir da ideia, que fosse pensar duas vezes, mas, não, eu estava super decidida e queria dredar. Ponto final.
O preto da época – leia-se namorado – não deu muito apoio, não. Perguntou se eu sabia que para tirar o dread precisava rapar tudo e eu, tranquilíssima, disse que sabia, mas que não decidi fazer dread já pensando em tirá-lo. E nunca pensei até hoje, viu? Amo meu cabelo, amo meus dreads, costumo dizer que eles são muito mais do que dreads, do que fios soltos de muito cabelo: Meu cabelo solto, dredado, dourado e crespo representa a beleza dos meus ancestrais. Representa a beleza que cada mulher preta leva no coração, no quadril e na juba. Sim! Somos verdadeiras leoas de juba. Meu cabelo, ainda, representa a tristeza de um povo – o nosso povo - que quase foi extinto achando que ter cabelo liso é lindo e que nascer com cabelo crespo é feio. Quase fomos extintos achando que éramos feios… Mas para quem tem dúvida: eu AMO meus dreads e, não, eles não me dão trabalho algum. Quer dizer, demoram a secar, mas nada que um belo dia de sol não resolva. E eu sei, você deve estar querendo perguntar como faz para tirar... Olha, eu não sei, não, até porque nunca tirei. Mas, acredito que uma máquina 0 resolva isso bem rápido.
   Ficou com medo? Ai, Fernanda, máquina 0?! É, irmã, se não está preparada pra máquina 0, nem invente de fazer dread, okay? Se está fazendo dread já pensando em tirá-los, para por aí, não vai dar certo: dread precisa ser cultivado, fio por fio, mecha por mecha, tufo por tufo. Demoooora, e como demora, pra ele ficar legal, criar personalidade... Estamos combinadas?
      Vamos fazer assim: tenho muita coisa para falar e acredito que as irmãs que estão no processo "dredo ou não dredo?" também têm muito a perguntar, a dividir. Como eu disse: estou na casa e logo eu volto pra dividir um pouco na minha experiência com vocês. Beijos e até já.

This entry was posted on 25/01/2013 and is filed under ,,,,,,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

4 Responses to “DREDAR OU NÃO DREDAR: EIS A QUESTÃO”

  1. Lindo nega , eu tenho um salão afro (Josy's Afros) aqui no bairro a 4 anos , uso black, trança , dreads de lã, só que ainda não experimentei usar dreads definitivo , mas trabalho aqui na galera e sempre apoio a galera a fazer , pois nossa raça é linda e perfeita ,nunca outra raça existirá com nossa força e artes na cabeça , só nós negros que usamos tranças , black , dreads temos esse poder e força de sermos camaleões...rs
    Paz nega Fernanda !!!

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  2. Já usei dread,mas decidi começar do zero.Isso mesmo raspei e não me arrependo de nada feito no meu cabelo até hoje!E já fiz de tudo que vc possa imaginar,alisei,fiz tranças, raspei de um lado fiz dread e agora sou uma careca muito feliz :D

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  3. o lado espiritual dos dreads né,
    milenar
    energetico
    ..tambem

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  4. Josy,

    Gratidão...Só nós usamos dreads, tranças, blacks e ficamos lindos!

    =)

    -

    O segundo comentário tá sem nome, mas, também nunca me arrependi de nada que fiz.
    Meu dread é pintado, dá pra ver na foto?
    E muuita gente torce o nariz e eu...só lamento, né?

    Beijos em todas!

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