FORA DO PADRÃO - IDENTIFIQUE (E AME) SEU TIPO DE FIO

por Élida Aquino

Foto: gvldslxgs | Modelo: abellejesuis

      A tabela que agrupa tipos de fio é certamente uma das primeiras informações recebidas quando a pesquisa sobre cabelos crespos ou cacheados naturais começa. Conhecem? Bem, algum tempo ajudando na circulação de informações sobre cabelos naturais me fez notar a busca crescente por padrões específicos (e muitas cabeças frustradas por não descobrirem o cabelo dos sonhos por baixo da química restante). Já escrevi sobre isso aqui, aliás. Digam: tentar conhecer o próprio cabelo não carrega em si a proposta contrária? Nessa "jornada" não buscamos entender o cabelo que temos, quem somos com ele, se ele nos satisfaz independente da opinião das pessoas e etc.?
       Recentemente um texto publicado em Naturally Curly me fez repensar essa questão. "Qual o meu tipo de fio?" com certeza é uma das perguntas que mais leio. Antes de tudo é bom contar que há muitas coisas para saber além de determinar se os fios são 3c ou 4b! A busca desesperada por se encaixar numa categoria acaba criando a ideia de um tipo desejável e outro não, o bonito e o feio. É assim que voltamos ao velho cabelo bom vs. cabelo ruim. Conhecer os próprios fios, considerando que cada cabelo é único, é o mais importante e a será só um apoio. Quando entendemos bem a estrutura do cabelo que temos, podemos observar blogueiras ou vloggers que tenham cabelos semelhantes, escolher produtos de maneira cada vez mais acertada, identificar as fragilidades e, principalmente, aprender os potenciais que o tornam maravilhoso do jeito que é.
      A Charlene, autora do artigo que mencionei acima, destacou 4 coisas para procurar saber sobre o cabelo natural, além de buscar por um padrão específico de cacho. Vejam:

1. A espessura do fio:
Texturas refletem diretamente as diferentes espessuras dos fios e as espessuras podem ser vistas de 3 formas: finas, médias ou grossas. Fios com espessuras finas são delicados e, por causa disso, mais propensos à quebra. Acontece principalmente diante de manipulação frequente e exagerada. Os mais espessos são muitas vezes mais fortes e podem aguentar a manipulação sem tantos danos. Compreender a espessura dos fios ajuda na reavaliação dos cuidados e hábitos do cotidiano ou na escolha dos produtos testados, por exemplo.

2. A densidade
Isso significa a quantidade total de fios que possuímos. A quantidade de fios pode variar entre quem tem texturas muito semelhantes e os resultados de um mesmo tratamento ou penteado, por exemplo, podem se mostrar diferentes em cada cabelo. Dica: quem apresenta baixa densidade pode contar com o auxílio do pente garfo ou pente de dentes bem largos para desfazer os cachinhos perto da raiz e ganhar mais volume. Também é bom optar por produtos leves, como leite desembaraçante, gel ou leave in aquoso. Eles não pesam nos fios e não anulam o volume que os fios já possuem.

3. A porosidade
É a capacidade que os fios têm de absorver a hidratação. Acreditem, é uma das características que mais pede observação, sabendo que principalmente os crespos são propensos ao ressecamento. Existem três níveis de porosidade: baixo, normal e alto. Em cabelos com baixa porosidade a hidratação penetra com maior dificuldade, mas quando hidratados corretamente perdem a hidratação mais lentamente. Nos com alta porosidade acontece o inverso: eles absorvem fácil a hidratação – aquela sensação de que o cabelo "sugou" a máscara ou a misturinha do tratamento – mas perdem com a mesma rapidez. Depois de entender qual o estado de porosidade dos fios, a forma de pensar os cuidados muda ainda mais. Selar a hidratação corretamente torna o nível de porosidade cada vez menor e o cabelo ficará mais hidratado ao longo do tempo. Também é um fator que influencia na retenção do crescimento, quebras e danos graves e etc.

4. A elasticidade
Mede a capacidade de extensão dos fios.  Se o cabelo não retorna à mesma conformação inicial depois de puxar, provavelmente tem baixa elasticidade e ela influencia na quebra dos fios. Pesquisas dizem que não existe elasticidade se há o fornecimento entre a hidratação e proteína está desequilibrado. Se a elasticidade está baixa é preciso optar por produtos e tratamentos que possuam proteína na composição e, para evitar sobrecarga, balancear com produtos hidratantes.

Como são os fios de vocês e como vocês estão suprindo as necessidades deles, Meninas? Compartilhem aqui!

This entry was posted on 02/12/2015 and is filed under ,,,,,,,. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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