Caro(a)
leitor(a), antes da prosa, vamos deixar algo bem claro, não escondo de ninguém,
aliás, faço questão de contar pra todos que conheço: sou tarado por cabelos!
Cabelos de todos os tipos. Crespos, enrolados, cacheados, lisos, longos
(principalmente), curtos e de todas as cores. E mais, prefiro todos eles
cheios, volumosos e armados. É engraçado dizer isso tudo, mas este é um dado
importante que vai permear a estória que vem a seguir. Agora, senta que lá vem
a estória.
Quando
a conheci, acredite, ganhei uma hora e meia de atraso, já tinha motivos pra não
gostar, sou pontual. Mas, ok, já superei isso. Apesar de que ninguém acreditar,
a primeira coisa que vejo em uma mulher são os olhos. Como já nos conhecíamos
pelas redes sociais, eu já tinha provado aquele olhar, mas nada como o
tête-à-tête. Que olhos! O segundo, e não menos importante, é o cabelo. Que
lindo! Um verdadeiro Black, com "b" maiúsculo, mesmo. Enrolado, cheio, armado,
bem alto, do jeito que eu gosto! A paixão era inevitável. Tivemos um encontro
ótimo, com beijos, abraços, “gordices” (sim, a gente come muita besteira), ela
até me disse depois que o filme de comédia que vimos era ruim, talvez esteja
certa, meu senso de humor é aguçado, dou risada de quase tudo. Por fim, um
encontro às antigas, engraçado, romântico e pretensioso.
Fui
pra minha semana habitual, trabalho, casa, casa, trabalho. Comecei a sentir
aquela saudade gostosa. Dentro de mim, já havia um pedido de namoro
preparado, mas havia medo da não aceitação, da precipitação. Talvez fosse um
erro, mas era enredo que eu queria. Aquele medo fazia parte de um dos
ingredientes mais importantes em um romance, e sem perceber, eu já tinha
certeza que faria, que falaria.
Combinamos
uma semana depois, e dessa vez em outra estação, os(as) leitores(as) hão de
concordar que não tem melhor forma de caracterizar um romance paulista.
Aguardei, dessa vez uma meia hora. Meia hora de pensamentos e incertezas, reescrevendo mentalmente
o que eu ia falar, de como ela receberia a declaração.
Então,
ela veio... De turbante!
Um
misto de "como assim" com "porque?" me aterrorizou. Que fique claro que não tenho
nada contra os "turbantados", mas aquilo, de certa forma, acabou com meu sonho.
Eu já adorava o cabelo dela, já até imaginava a cena da declaração, aquilo já
havia até pesado na minha escolha, mas por que hoje?
Ok.
Pensei bastante enquanto conversávamos e fui percebendo que aquilo não era tão
importante, na verdade, aquele era só mais um sinal da importância que ela
também dava pro seu cabelo, e de repente, percebi que eu não deveria
dar valor pra isso, ou melhor, deveria dar valor para outras coisas. Pro
sorriso, pro olhar, pra sua voz, pro seu corpo, pra mulher inteira. Daí,
foi só falar: "Te amo, Angélica".
Por Pedro Aragão
awn, seus lindos. desejo felicidades mil. ;_;
ResponderExcluirPorque eu não acho ninguém assim? =(
ResponderExcluirQue lindo Pedro. E melhor ainda saber que percebeu que cabelo, não é tudo.
ResponderExcluirFelicidades ao casal!